Sábado, 3 de setembro de 2016
Paulo Victor Chagas - da Agência Brasil
Após
ter sido preso em flagrante por crimes ambientais e posse ilegal de
armas, o caçador Júlio César da Silva foi multado em R$ 494 mil pelo
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama). As buscas de policiais militares e agentes ambientais
resultaram na maior quantidade de grandes felinos já encontrada em uma
operação, de acordo com o órgão.
Júlio César da Silva e mais duas
pessoas foram presas no último dia 26 em Curionópolis (PA), que fica na
Amazônia Legal, durante uma investigação que apurava a posse ilegal de
armas. O acusado armazenava cabeças, crânios, couros e patas de onças,
jaguatirica e um jacaré, e mantinha sob cativeiro sete aves silvestres,
que levaram à aplicação da multa.
Os agentes ambientais suspeitam
de que o crime esteja relacionado ao tráfico de fauna, mas a polícia
também investiga outras atividades irregulares, já que nas residências
localizadas atrás de uma serralheria foram encontrados materiais
ilegais, como 50 espingardas e munições.
Júlio César da Silva foi
autuado por ter cometido as infrações de matar, mutilar e manter
animais silvestres em depósito. De acordo com o Ibama, pelo menos 20
animais foram abatidos: "16 onças (Panthera onca), duas suçuaranas (Puma
concolor), uma jaguatirica (Leopardus pardalis) e um jacaré (Caimam
sp.)".
Nos próximos dias, exames genéticos serão feitos nos
corpos dos animais para determinar as espécies e, após a perícia, a
destinação final das apreensões será definida.