Do SindSaúde
Por Déborah Siqueira
O SindSaúde-DF acaba de aprovar, em
Assembleia Geral, a proposta de deflagração de greve programada para o
sexto dia útil de outubro. O encontro ocorreu na manhã desta
quinta-feira (22), no Hospital de Base (HBDF). A reunião contou com a
participação de inúmeros servidores da Saúde. A categoria reivindica a
concretização do impacto financeiro das leis 5.008/2012 (Gata),
5.174/2013 (isonomia de carga horária) e 5.249/2013 (especialistas), que
não foram pagos deste setembro de 2015. A promessa do governador
Rodrigo Rollemberg, no acordo da greve, é que as leis seriam cumpridas a
partir de outubro deste ano (veja o vídeo abaixo).
Para a presidente do SindSaúde, Marli
Rodrigues, o governador não cumpre sua palavra. “Nem em outubro, nem em
novembro. O que o governador quer é dar o calote nos servidores. Nós
iremos para a luta”, afirmou Marli na Assembleia Geral. Durante o
encontro, os servidores também fizeram um alerta sobre o posicionamento do Tribunal de Contas da União (TCU)
que decidiu nesta quarta-feira (21) que os contratos de organizações
sociais (OSs) em áreas como educação, saúde e cultura não entram no
cálculo dos limites de gastos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Os representantes do SindSaúde, que vêm combatendo a política de
implantação de OSs defendida por Rollemberg, afirmaram que continuarão
na luta para impedir esse tipo de contratação, que está no centro de
escândalos de corrupção.
Uma coisa curiosa aconteceu na audiência
no TCU. Segundo o Correio Braziliense, o secretário de Saúde do DF,
Humberto Lucena, acompanhou o julgamento. Só para lembrar os
desavisados, o relator do processo no TCU é o ex-chefe do atual
secretário de Saúde, quando Humberto trabalhava no Senado e fazia
medicina na ESCS. Curioso, não?)