Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Condenada pela Justiça, Eurides terá de devolver R$3,5 milhões ao povo. É a Pandora!

Quarta, 6 de junho de 2012 
Eurides Brito, a arrogante ex-deputada distrital flagrada enchendo a bolsa com dinheiro público, foi condenada a ressarcir os cofres do Estado pelos malfeitos (ou corrupção?) como deputada.

Serão R$3.480.000, sendo R$620 mil pelas parcelas mensais recebidas a título de mensalão (R$20 mil por mês durante 31 meses); R$1.860.000 de multa (três vezes o valor do mensalão); e mais R$1 milhão de danos morais à população de Brasília.

Claro que esses valores são insignificantes diante do mal que tanto fez a criatura parida pelo cérebro maquiavélico do coronel Jarbas Passarinho, na época ministro da Educação da ditadura. Ela foi trazida em 1979, do Pará, para “dirigir” a educação pública do DF. Passarinho, idealizador e executor da expulsão de milhares de universitários brasileiros, através do Decreto-lei 477/74, foi buscar em sua terra alguém tão autoritário quanto ele para arrebentar o movimento grevista dos professores de Brasília. Eurides foi nomeada secretária da Educação, e quase três mil professores foram punidos, a maioria demitida. Acabava a greve do ensino público e começava um ciclo de perseguição aos servidores.

Eleita em 1986 deputada federal, e mais tarde distrital, Dona Eurides acaba como deveria ter iniciado a sua vida profissional em Brasília. Humilhada. Condenada por improbidade administrativa, e apanhada enchendo a bolsa de dinheiro tirado dos cofres públicos, desmoralizada.

Além de Eurides ter que pagar os R$3,5 milhões aos cofres do Estado, a sentença do juiz titular da Segunda Vara da Fazenda Pública declara a suspensão de seus direitos políticos até 2018.

Triste e melancólico fim de uma professora. Triste política de Brasília!

Auto do pesadelo de Dom Bosco. Ópera de Rua_Bruxa Ouvides Grito
CORO DO POVO:
Essa bruxa é uma cobra,
até parece serpente rasteira.
Ela é cheia de manobra,
ela merece é ir pra fogueira,
fogueira, fogueira, fogueira, fogueira...


BRUXA OUVIDES GRITO:
Vocês pensam que sou bruxa.
Toda gente, nessa orgia,
logo falo, desembucha:
sou a voz da maioria!

Eu fui uma professora,
forte fui na Academia.
Eu cheguei a ser Doutora,
eu vivi muita alegria.

Na política eu entrei,
abracei a burguesia.
A carreira acabei
pra fazer demagogia.

Defendi Educação,
já sonhei com utopia.
Comecei na religião,
acabei na vilania.

A verdade vem depois:
candidata em agonia
logo enche o caixa-dois
e a vergonha logo esfria.

Não sou ave de rapina!
Pra que tanta rebeldia?
Na bolsa, pouca propina.
Muito pouco eu recebia.