Segunda, 11 de junho de 2012
Do jornal "O Estado de S. Paulo"
Grampos autorizados pela Justiça mostram que laboratório acusado de sonegação e formação de cartel recorria a ex-diretor adjunto do petista na agência
Fábio Fabrini, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Com depoimento à CPI do Cachoeira marcado
para quarta-feira, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz
(PT), está novamente na mira da Procuradoria-Geral da República, que
analisa novas provas do envolvimento do petista e de seus assessores com
um grupo farmacêutico acusado de sonegação fiscal, lavagem de dinheiro,
formação de cartel e falsificação de medicamento.
Escutas telefônicas em poder do órgão indicam que o laboratório
Hipolabor, com sede em Minas, recorria ao atual secretário de Saúde do
Distrito Federal e ex-diretor adjunto de Agnelo na Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), Rafael de Aguiar Barbosa, para acelerar
demandas no órgão. Barbosa era braço direito do petista, que dirigiu a
agência entre 2007 e 2010, quando deixou o cargo para concorrer ao
Palácio do Buriti.
Os grampos foram feitos com autorização judicial na Operação
Panaceia, desencadeada em Minas por uma força-tarefa integrada por
Ministério Público, Polícia Civil e Receita Estadual, com apoio da
Anvisa e do Ministério da Justiça. A procuradoria pediu o
compartilhamento das provas e abrirá procedimento administrativo para
analisá-las, disse o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Leia a íntegra