Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 3 de junho de 2012

A maldição do superávit e de uma falsa ética empurrando a recessão

Domingo, 3 de maio de 2012
De Rumos do Brasil
propostas para um país melhor

Por J. Carlos de Assis
O crescimento da economia brasileira de pífios 0,2% no primeiro trimestre do ano não surpreendeu ninguém, exceto os ortodoxos. A queda da taxa básica de juros e a queda menos expressiva das taxas de aplicação do sistema bancário são um fenômeno recente demais para alterar o ritmo dos investimentos. Ao lado disso, a política fiscal de realização de superávits primários recorrentes é de natureza contracionista, ao que se acrescenta o fato de que o investimento público se contraiu 2 pontos percentuais este ano, sobretudo nos transportes.

Estamos sob a dupla maldição da ideologia neoliberal e de um desarranjado combate à corrupção. A ideologia nos diz que “o Governo tem que fazer poupança para pagar os juros” (terminologia da Globo para justificar o superávit primário), enquanto o suposto combate à corrupção paralisa o conjunto dos investimentos públicos, sobretudo em transportes -  o setor que mais vinha investindo -, em nome da ética. Como consequência, o Governo retira da sociedade, sob a forma de impostos líquidos, mais do que lhe devolve em gastos públicos. A consequência é contração econômica.

Leia a íntegra no site "Rumos do Brasil"