Sábado, 1 de junho de 2013
Monica Yanakiew
Correspondente da Agência Brasil/EBC
Buenos Aires – Cientistas e pesquisadores argentinos e cubanos
desenvolveram uma vacina que ajuda a combater o câncer de pulmão. O
medicamento, resultado de 18 anos de pesquisa, começa a ser
comercializado na Argentina em julho. Laboratórios de 25 países, entre
eles o Brasil, México e Uruguai estão interessados em obter a licença de
fabricação.
“A vacina reativa o sistema imunológico do paciente, para que ele
possa criar anticorpos contra as células cancerígenas”, explicou, em
entrevista a Agência Brasil, o médico Daniel Alonso, um
dos pesquisadores argentinos. “Não substitui tratamentos existentes,
como quimioterapia ou radioterapia. Mas contribui para aumentar a
sobrevida do paciente”, disse.
Segundo Alonso, a maioria dos pacientes só descobre que tem a doença
quando o câncer no pulmão está em estado avançado. Como os tumores são
provocados por células do próprio organismo, que sofreram mutação, o
sistema imunológico não detecta um corpo estranho e, portanto, não
reage. Os médicos usam quimioterapia e radioterapia para matar as
células cancerígenas, mas os dois tratamentos também destroem outros
tecidos.
O câncer de pulmão é um dos mais agressivos e mata 1,38 milhão de
pessoas por ano no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A
vacina foi desenvolvida por um consórcio de empresas privadas e do
setor público, da Argentina e de Cuba.