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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Nova manifestação dos servidores da Terracap pede esclarecimento sobre exonerações arbitrárias

Segunda, 15 de julho de 2013
Estela Monteiro
Cerca de cem servidores da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) manifestaram novamente em frente ao Palácio do Buriti. Os motivos são os indícios de fraude em licitações e contratos da Companhia. As denúncias envolvem desvio de verba, patrocínio indevido de eventos, reintegração de posse, incoerência de terrenos submetidos à licitação. De lá, o grupo seguiu para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para encontrar Roberto Carlos Silva, titular da 1ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público do DF.
O presidente do Sindicato dos servidores e empregados da administração direta, fundacional, das autarquias, empresas públicas, e sociedades de economia mista do DF (Sindser) André Luiz da Conceição afirma que a Companhia tem gasto mais do que recebe. “Existem muitos gastos desnecessários e incongruências nos processos de licitação. Onde há fumaça, há fogo. Queremos que tudo isso seja esclarecido”, afirma André.
 
O Ministério Público acolheu as denúncias e informou que já existiam três procedimentos em curso envolvendo as questões abordadas pelos servidores, um deles provocado pela deputada Érica Kokay, em conjunto com o Sindicato dos Arquitetos de Brasília. “Já solicitamos à Terracap as informações relativas às denúncias e iremos investigar todas elas”, disse Roberto Carlos Silva. 
 
Retaliações
 
Outro motivo do ato seriam as retaliações sofridas pelos servidores após a primeira manifestação. “Alguns servidores foram exonerados de cargos de função sem qualquer esclarecimento. Acreditamos que a medida foi uma forma de tentar calar nossa voz, já que todos os 12 exonerados estavam presentes no ato”, afirma Gersomar Costa, diretor do Sindser.
 
Um dos servidores exonerado, que preferiu não se identificar, afirmou não existir outra explicação para as medidas tomadas pela direção da Companhia. “Sempre exerci minha função com competência. Seis dias depois da primeira manifestação, saíram as portarias com as exonerações. É, com certeza, uma tentativa de nos reprimir”, disse.
 
O promotor de Justiça Roberto Carlos Silva afirmou prestar apoio aos servidores exonerados de suas funções, porém recomendou que procurassem o Ministério Público do Trabalho. “É uma questão que está fora da nossa alçada, mas reconheço a indignação deles e os apoiarei se precisarem”, disse Silva.
 
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Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br