Quarta, 3 de julho de 2013
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – Uma manifestação de movimentos sociais e sindicatos
ocupa a Avenida Paulista, em São Paulo. Eles pedem melhorias nas áreas
de educação, saúde e transporte. Os manifestantes saíram da Praça
Oswaldo Cruz e seguiram até a sede da Federação das Indústrias do Estado
de São Paulo (Fiesp).
Participam do ato o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, o
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento Passe Livre
(MPL) e o PSTU. De acordo com a Polícia Militar, há 5 mil pessoas no
local. No entanto, o cálculo considera também as pessoas que
participaram, mais cedo, do protesto contra a entrada de médicos estrangeiros no país.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metroviários de São
Paulo, Altino de Melo Prazeres, a manifestação ocorre para pedir
soluções imediatas para problemas concretos da sociedade. “Na minha
opinião, o que a população quer é solução real e já. A reforma política
não é o centro do debate”, disse em referência às propostas apresentadas
pela presidenta da República, Dilma Rousseff, em resposta à recente
onda de manifestações no país.
Entre as demandas dos manifestantes também está o investimento de
10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação. “Não tem nenhum nenhuma
possibilidade de melhoria se não tiver aumento dos investimentos”, disse
Prazeres.
O presidente do sindicato cobrou ainda a priorização, nas grandes
cidades, do modelo metroviário e ferroviário, em detrimento do
rodoviário individual. “O pacote apresentado pela Presidência não atende
às necessidades do setor”, destacou.
O membro do MPL Caio Martins voltou a pedir tarifa zero no
transporte público. Para ele, é necessário haver maior controle por
parte da sociedade nas decisões envolvendo a mobilidade. “O problema é
que hoje as empresas é que mandam. O que nós queremos é que essas
decisões fossem do Poder Público”, disse.
A manifestação dos médicos, que ocorreu mais cedo também na avenida
Paulista, cruzou com a dos movimento sociais. No encontro, alguns
médicos vaiaram pessoas que seguravam bandeiras de partidos políticos. A
avenida continua fechada nos dois sentidos.