Quarta, 16 de abril de 2014
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Edição: Beto Coura
O presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF), Joaquim Barbosa, pediu ao procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, parecer sobre o pedido do Ministério Público do Distrito
Federal (MP) para quebrar o sigilo telefônico dos envolvidos na
investigação sobre o suposto uso de celular pelo ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu.
Para investigar se Dirceu usou o celular
dentro do presídio, o MP pediu ao STF a quebra do sigilo das ligações
telefônicas dos envolvidos. A promotora Márcia Milhomens Sirotheau
Correa forneceu as coordenadas geográficas, indicando a longitude e
latitude das áreas onde as ligações teriam ocorrido.
Segundo o
advogado de Dirceu, uma das coordenadas está localizada no Centro de
Internamento e Reeducação, onde o ex-ministro está preso. O outro local,
de acordo com a defesa, é o Palácio do Planalto. Para justificar as
localizações, o advogado anexou laudo de um engenheiro agrônomo.
A
defesa de Dirceu reafirmou que o ex-ministro não falou ao celular e
pediu que a autorização de trabalho externo em escritório da advocacia
seja concedida. No pedido foram anexadas também as contas de celular de
James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia,
suspeito de ter conversado com Dirceu.
Ontem (15), após a
manifestação da defesa, a Advocacia-Geral da União entrou com uma
reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público para
avaliar a conduta da promotora.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo,
publicada no dia 17 de janeiro, diz que Dirceu conversou por telefone
celular com Correia. Segundo a matéria, a conversa ocorreu por
intermédio de uma terceira pessoa que visitou Dirceu.
