Sesta, 6 de junho de 2014
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
O ministro Sebastião Reis Júnior,
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou hoje (6) a prisão
preventiva do empresário e ex-vice-governador do Distrito Federal,
Paulo Octavio, preso desde segunda-feira (2), em Brasília. O empresário
deve ser solto nas próximas horas. As justificativas da decisão não
foram divulgadas.
Paulo Octávio é suspeito de participação em um
esquema de corrupção de agentes públicos para a concessão de alvarás,
investigado pela Polícia Civil do DF na Operação Átrio.
Deflagrada
em novembro do ano passado, a Operação Átrio desvendou um esquema de
pagamento de propina para a liberação de alvarás. Na ocasião, a Justiça
autorizou a prisão temporária dos administradores das regiões
administrativas de Águas Claras, Carlos Sidney de Oliveira, e de
Taguatinga, Carlos Alberto Jales.
Paulo Octavio, segundo a
Polícia Civil, pagou propina para conseguir liberar alvarás para seus
empreendimentos. A defesa do ex-vice-governador alega, no entanto, que
Paulo Octavio sempre colaborou com as investigações e não haveria motivo
para a prisão.
Além de suspeito de participação no esquema
investigado pela Operação Átrio, Paulo Octavio é réu no processo
relativo ao chamado mensalão do DEM, que levou à prisão o ex-governador
José Roberto Arruda. O esquema consistia no pagamento de mesada a
distritais da base aliada durante o governo de Arruda.
A
defesa do empresário alega que o pedido de prisão, decretada pela
Justiça do DF, é “esdrúxulo”, e foi expedido sem motivos que o
justifiquem.