Segunda,
21 de dezembro de 2015
Da
Tribuna da imprensa
Iluska Lopes
O jornalista Quintino
Gomes Freire, escreveu em sua coluna no site Diário do Rio, que o novíssimo
Museu do Amanhã teria custado o dobro que o espaço Cidade da Música e ninguém
falou nada.
Lucidamente ele diz: "Nada
como ser amigo da grande imprensa. Veja só, o Museu do Amanhã,
equipamento que foi inaugurado sábado na Praça Mauá, custou o
dobro que a Cidade da Música, hoje Cidade das Artes, ao
menos o metro quadrado da obra. Engraçado é que enquanto na Cidade das Artes,
feita pelo então prefeito Cesar Maia, teve a obra
massacrada diariamente pelos jornais, o Museu do Amanhã de Eduardo Paes ganhou até edição especial do RJTV".
De acordo com o jornal
O Globo, o Museu do Amanhã custou R$ 215 milhões e tem 15 mil metros quadrados
de área construída. Em miúdos, custou R$ 14.333 por metro quadrado. A
Cidade das Artes, em valores atualizados, custou R$ 600 milhões de reais e tem
87.403 metros quadrados de área construída. O que dá R$ 6.865 por
metro quadrado.
Ou seja: com uma
estrutura externa e interna muito mais sofisticada, a Cidade das Artes custou
48% do custo do Museu do Amanhã. Menos da metade. E, na época, diziam que era
caro.
Assim como o colega
Gomes Freire, sou favorável a ambas as obras, equipamentos deste tipo são
extremamente necessários em nossa cidade, que não pode apenas depender de seus
dotes naturais para se manter como um dos principais destinos turístico. Só
espero que o nosso povo, carente de entretenimento, também tenha acesso
garantido ao espaço.
O fato é que a
diferença de valores entre os dois equipamentos é gigantesco, sem nem ter
ocorrido uma sombra de dúvidas sobre a obra. Há de ser investigado
URGENTEMENTE, e de ser perguntado por que tamanha discrepância.