Quinta, 8 de setembro de 2016
Do MPDF
Apenas uma das acusadas atendia, por dia, 20 pessoas, arrecadando quase R$ 70 mil por mês
A Promotoria de Justiça de Defesa do
Consumidor (Prodecon) denunciou, em 2 de setembro, sete pessoas pelo
crime de organização criminosa. Os envolvidos são acusados de aplicar
golpes em desempregados de todo o país desde janeiro de 2013. As
investigações foram realizadas no âmbito da Operação Fake Job,
deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal em julho deste ano e
que culminou em 12 mandados de prisão preventiva e dois de busca e
apreensão.
Segundo a denúncia, o grupo divulgava
oportunidades de emprego em sites, páginas em redes sociais, folders e
jornais de grandes circulação, mas, quando a vítima entrava em contato,
era informada da necessidade de realizar um curso ou de emitir certidão
de antecedentes criminais mediante pagamento de até R$ 180. As vagas de
emprego não existiam. Além disso, a organização recrutava adolescentes
para atuar no esquema, oferecendo comissão como forma de pagamento.
As investigações identificaram 14 sites
nos quais eram oferecidos os cursos com certificados supostamente
necessários à obtenção das vagas. Todos eles remetiam a Renan Romero
Dias, apontado como líder da quadrilha. Quando muitos golpes eram
aplicados pelo mesmo site, a página era desativada e outra era criada.
Uma das acusadas afirmou ser, sozinha, responsável por 20 vítimas
diárias, o que totalizava uma média de R$ 70 mil faturados por mês.
As investigações ainda estão em curso e
pode haver mais pessoas envolvidas nos crimes. O processo tramita na 2ª
Vara Criminal de Brasília.