Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Nordestino, com muito orgulho. E também "não troco meu 'oxente" pelo 'ok' de ninguém"

Domingo, 8 de outubro de 2019
 (Republicação de postagem de 2017)

Não troco o meu “oxente” pelo “ok” de ninguém  (Ariano Suassuna)

É comemorado hoje, 8 de outubro, o Dia do Nordestino. A data é uma homenagem ao nascimento do poeta Catulo da Paixão Cearense, autor da música Luar do Sertão.


Como nordestino, filho da ainda hoje pequena Itiúba, na região sisaleira do interior da Bahia, pude admirar as noites de luar. Na minha época de criança a energia elétrica na cidade vinha de um potente motor Caterpillar a óleo. Para a alegria da criançada, em especial minha, o motor freqüentemente passava dias, e até meses, sem funcionar. Era a grande oportunidade de ver a lua cheia nascer por detrás das serras e desaparecer do outro lado da cidade, escondendo-se na Serra do Cruzeiro. Em noites sem lua cheia admirava os bilhões e bilhões de estrelas do céu.


E não há, creio, música que toca mais o coração deste nordestino do interior —apesar de ter arribado para a beira da praia (Salvador) e depois para Brasília— do que “Luar do Sertão”, um verdadeiro hino.