Segunda, 15 de julho de 2013
Eduardo Bresciani / Brasília - O Estado de S.Paulo
Contratos de financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sofreram alterações para
beneficiar empresas de Eike Batista. As mudanças adiaram prazos,
estenderam recursos e relaxaram exigências. Documentos enviados ao
Congresso e obtidos pelo 'Estado' mostram que foram firmados 15
contratos no valor de R$ 10,7 bilhões com empresas do grupo de janeiro
de 2009 a dezembro de 2012 com juros baixos, garantias em ações das
próprias companhias ou bens que ainda seriam adquiridos.
Uma das prorrogações foi assinada a apenas quatro dias do prazo em
que a empresa deveria ter feito o pagamento. Em 15 de setembro de 2012 a
UTE Parnaíba, que tem a MPX como sócia, deveria ter pago ao BNDES R$
242,7 milhões. No dia 11 de setembro de 2012, porém, um aditivo mudou o
pagamento para março de 2013.