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(Millôr Fernandes)

terça-feira, 2 de julho de 2013

CLDF: ONG protocola pedido de instauração de processo disciplinar contra distrital Rôney Nemer

Terça, 2 de julho de 2013

Os voluntários do projeto Adote Um Distrital foram na tarde de terça-feira, 2, até a Câmara Legislava do Distrito Federal, para protocolar um pedido de instauração de processo disciplinar contra o deputado distrital Roney Nemer, do PMDB.

Eles tomaram por base, a condenação do parlamentar no último mês de julho no processo nº 2010.01.1.215090-0 do TJDFT, no qual o juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF, decidiu que o deputado deverá devolver aos cofres públicos, cerca de R$ 2,104 milhões, para ressarcir os prejuízos apontados pelo suposto envolvimento de Rôney no escândalo da Caixa de Pandora.

“É uma decisão que a CLDF já deveria ter tomado desde a Caixa de Pandora”, explica o coordenador do Adote, Diego Ramalho. De acordo com ele ainda, o movimento pretende protocolar novos pedidos contra outros parlamentares. “A ideia é provocar a CLDF para que aja uma investigação”, explica.

Procurado pelo Guardian Notícias, o deputado distrital Rôney Nemer afirmou em nota que o pedido está sendo feito de forma injusta e que se baseia em uma decisão que será recorrida.

“Quanto ao pedido de abertura de processo disciplinar, afirmo que a decisão que baseia o pedido é injusta e será objeto de recurso nos próximos dias”, defende.

Rôney ainda disse que o delator do suposto esquema de corrupção, Durval Barbosa, falou em depoimento ao juiz Álvaro Ciarlini, que jamais entregou a qualquer quantia a ele. O parlamentar ainda afirmou que pretende recorrer da decisão proferida por Ciarlini. “Vou recorrer e tenho plena convicção que minha inocência será provada”, encerrou.

Condenações – No último mês de julho, o juiz Álvaro Ciarlini da 2ª Vara de Fazenda Pública do DF, proferiu sentenças contra os ex-distritais Júnior Brunelli (sem partido), Rogério Ulysses (sem partido) e Eurides Brito (PMDB). Entre os parlamentares da base de apoio do ex-governador Arruda, estão respondendo na justiça a ações de improbidade semelhantes, o ex-presidente da CLDF, Leonardo Prudente (sem partido) e o ainda deputado distrial Benedito Domingos (PP). Os parlamentares estão com os bens bloqueados há dois anos, desde que os promotores de Justiça do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (Ncoc), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, responsáveis pela investigação, ingressaram com as ações na esfera cível contra os políticos.



Por Ricardo Faria

Da redação do Guardian Notícias