Em sua delação premiada, o lobista conta que acerto de 2 milhões de reais foi feito em 2010, dentro do comitê eleitoral da petista em Brasília, e que a logística da entrega ficou a cargo do ‘Dr. Charles’, braço direito do ex-ministro
Por: Robson Bonin — Revista Veja
No segundo semestre de 2010, a inflação estava controlada, o Brasil
crescia em ritmo chinês e as taxas de desemprego eram consideradas
desprezíveis. A sensação de bem-estar, a propaganda oficial maciça e a
popularidade do então presidente Lula criavam as condições ideais para
que Dilma Rousseff passasse de mera desconhecida a favorita para vencer
as eleições. Paralelamente, um grupo pequeno de políticos e servidores
corruptos da Petrobras acompanhava com compreensível interesse os
desdobramentos do processo eleitoral. Foi nesse cenário que a campanha
de Dilma e o maior esquema de corrupção da história do país selaram um
acordo que, se confirmado, pode se transformar na primeira grande
evidência de que o petrolão ajudou a financiar a campanha de Dilma
Rousseff. Mais que isso. Se confirmado, estará provado que os
coordenadores da campanha sabiam da existência do aparelho clandestino
de desvio de dinheiro da Petrobras, se beneficiaram dele, conheciam seus
protagonistas e, no poder, deixaram que tudo continuasse funcionando
tranquilamente até o ano passado, quando a Polícia Federal e a
Procuradoria da República no Paraná desencadearam a Operação Lava-Jato.
Leia a íntegra em:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/fernando-baiano-palocci-pediu-dinheiro-do-petrolao-para-a-campanha-de-dilma-e-o-dinheiro-foi-entregue
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