Sábado, 31
de outubro de 2015
Aline Leal
- Repórter da Agência Brasil
Pacientes que sofrem de hipertensão arterial pulmonar (HAP)
estão desde o mês de agosto sem a bosentana - medicamento importante para
o tratamento da doença. Segundo Flávia Lima, coordenadora do grupo de apoio de
Brasília ligado a Associação Brasileira de Amigos e Familiares de Portadores de
Hipertensão Arterial Pulmonar, o medicamento chega a custar R$ 3 mil por mês e
só é encontrado em farmácias especializadas.
A HAP é considerada uma doença rara que afeta os pulmões. A
falta da medicação pode descompensar o paciente causando mais limitação
nas atividades de rotina como; pequenas caminhadas e higiene pessoal. A
estimativa é que no Distrito Federal não chegue a 200 o número de pacientes
com a doença.
Segundo Flávia, a associação notificou a Secretaria de Saúde
do Distrito Federal. A resposta é sempre que o processo de compra está
correndo. “O processo vai de um departamento para o outro, e assim nunca chega
ao final da compra”.
Em setembro a Secretaria de Saúde informou em nota que
estava em processo emergencial de compra do medicamento, porém, procurada esta
semana pela Agência Brasil para atualizar a informação, a assessoria de
imprensa disse que “houve uma tentativa de compra por processo emergencial, mas
não houve interesse por parte das empresas.”
Apesar disso, a Actelion, única empresa atualmente
responsável pelo fornecimento do medicamento no Brasil, disse que a última vez
que o governo do Distrito Federal fez o pedido do medicamento foi em abril. “A
empresa ressalta que está aguardando o contato da Hospfar, distribuidor oficial
do medicamento no DF, com a solicitação da nota de empenho para compra da bosentana,
de modo a atendê-los prontamente”, disse em nota a empresa.
A Secretaria de Saúde afirmou que está em processo regular
de compra do medicamento, mas diz que não tem como estimar um prazo para que os
pacientes possam ter acesso ao produto pela rede pública.
A bosentana faz parte de um grupo de medicamentos
especializados que o Ministério da Saúde reembolsa os estados e o Distrito
Federal depois que estes entregam o remédio aos pacientes.
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