Sábado, 19 de dezembro de 2015
Além de ser alvo
de uma devassa bancária e fiscal, o presidente do Senado tem afilhados
investigados por desvio de dinheiro público da Petrobras e do Postalis
Por THIAGO BRONZATTO E FILIPE COUTINHO - Revista Época // Blog do Sombra
O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, foi
poupado do constrangimento de ser acordado por agentes da Polícia
Federal batendo a sua porta na terça-feira, quando foi deflagrada a
Operação Catilinárias. ... Mas duas operações diferentes, em São
Paulo, no Rio de Janeiro e em Alagoas, chegaram perto de sua soleira,
por investigar afilhados seus suspeitos de desviar dinheiro público. Um
deles é Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da
Petrobras, que assinou contrato com empresas que fizeram doações para o
PMDB alagoano – do qual Renan é dono. O outro é Fabrizio Neves, sócio da
gestora de recursos Atlântica, acusado de fazer negócios irregulares
que causaram prejuízos ao Postalis, o fundo de pensão dos Correios,
feudo do PMDB do Senado. ÉPOCA descobriu mais um fato que perturba
Renan: o Supremo Tribunal Federal autorizou, no último dia 9, a quebra
de seu sigilo bancário e fiscal no período de 2010 e 2014.