Segunda, 3 de outubro de 2016
A coisa esta ruça para o lado do Gama. Os governos do DF parece que não gostam do povo da cidade, dos riachos e lagoas da região, do meio ambiente belo e pujante da área em que a Região Administrativa II ocupa.
Observe que nos últimos dias se armou no Palácio do Buriti o famigerado Projeto de Lei 1252/2016. PL que, se aprovado pela Câmara Legislativa, é o tiro de misericórdia no Parque Urbano e Vivencial do Gama, área bela, com solo de murundu, com suas minas e muita água. Quer o governo que ali seja loteado, beneficiando, claro, os empresários da construção civil, alguns dos quais envolvidos em denúncias da velha conhecida Caixa de Pandora e, mais recentemente, da Operação Lava Jato e seus vários braços.
No último dia 30 de setembro o Portal Gama Cidadão trouxe ótima matéria sobre a cidade, denunciando outra vez que nossa cidade é "Uma ilha cercada de lixo". O Gama Livre publicou a matéria do Portal, que pode ser lido aqui ou aqui.
Hoje (3/10), o Gama Livre também publica uma matéria do Gama Cidadão sobre a estação de tratamento de esgoto localizada entre o Gama e Santa Maria. É uma boa postagem sobre o mal que o governo faz, e o desprezo com que trata o Gama e, no caso, também Santa Maria.
Quem não se lembra do inconveniente que a antiga estação de tratamento do Guará trazia aos moradores daquela cidade, e até mesmo aos residentes na pioneira Candangolândia? Como alertava a música interpretada por Elba Ramalho, o cheiro de merda empesteava o ar. Acontecia no Guará, até que o governo do DF deu um jeito naquela fedentina.
Mesmo depois de resolvido o problema lá, o governo do DF implantou a estação de tratamento de esgoto entre Santa Maria e Gama usando o mesmo processo utilizado no Guará. O processo da fedentina.
Hoje volta e meia o ar de várias quadras residenciais e comerciais do Gama fica empesteado de cheiro de merda. Mas como é no Gama e em Santa Maria pode, né?
A matéria do Gama Cidadão é de maio deste ano, mas continua atual. Veja a seguir a postagem e você pode clicar nas imagens para ampliá-las:
Uma imagem fala mais que mil palavras
A visita do Grupo de trabalho Prainha
- GTP, formado por ambientalistas, à Estação de Tratamento do Esgoto –
ETE de Santa Maria, mantido pela Caesb à margem do córrego alagado,
causou grande indignação. Membros da comitiva salientam que uma área com
tal potencial deveria ser destinada ao lazer e educação ambiental da
comunidade e não para esse fim, até porque essa não é a única solução
para o problema. Segundo um dos participantes do grupo, estudos feitos
pela Comissão de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA, ainda no governo de
Cristovam Buarque (PT), apresentam solução de menor custo e menos
impacto ambiental para o tratamento dos dejetos, não apenas da região
administrativa de Santa Maria, mas também do Gama e regiões do entorno
Sul na mesma estação. No inicio da visita o grupo foi surpreendido com
imagens estarrecedoras dos produtos ou material, como é chamada a
matéria colhida dos banheiros domésticos. Um comentário logo chamou a
atenção: “O esgoto do rico é diferente do esgoto do pobre”. O comentário
jocoso foi prontamente esquecido graças à capacidade técnica do técnico
da Caesb, Cristiano Mano incumbido de elucidar as dúvidas, aliás, um
profissional muito educado e bem preparado para o desempenho da função.
“A Estação de Tratamento de Esgotos
do Alagado, trata os esgotos em nível terciário, o que significa que
atua na remoção de matéria orgânica, fósforo, microrganismos
patogênicos, areia, sólidos grosseiros e nitrogênio. O tratamento mitiga
significativamente os poluentes presentes no esgoto doméstico, e a ETE,
funciona dentro do esperado. Sem o tratamento de esgotos a situação
seria muito, muito pior no ribeirão Alagado”, disse Cristiano.
Mas a cada novo tanque ou bacia, não
restava mais a menor duvida: o tratamento é mero paliativo. O mesmo
material que é observado no primeiro tanque pode ser constatado no
último. O que ocorre é apenas uma redução da quantidade de massa, mas o
resultado final é o mesmo. Tanto que a água do balneário fica
indisponível para o uso da população. Há, inclusive, relato por parte de
técnicos sobre mortes de animais silvestres que se banham nos
reservatórios. “É comum aparecerem mortos por aí”, disse um dos
operadores que não quis revelar o nome. Outro aspecto preocupante é a
informação do operador do sistema sobre falhas de energia elétrica.
Durante o período chuvoso é mais comum, essas falhas podem durar um
minuto ou um dia inteiro, tudo depende da demanda do órgão mantenedor.
E quando é que a comunidade pode esperar por uma solução definitiva?
Fica a pergunta no ar.
[O Gama Livre complementa neste dia 3 de outubro de 2016: Além da pergunta, fica o cheiro de merda no ar]
O GTP Prainha é responsável por
organizar o Seminário de Meio Ambiente previsto para os dias 10 e 11 de
junho de 2016, no campus do IFB Gama. Essa informação é importante para
as pessoas fiquem cientes da realidade ambiental de sua comunidade e
participem do seminário.
Da Redação do portal Gama Cidadão