Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Três filmes imperdíveis

Terça, 1º de janeiro de 2018
Por
Roberto Amaral

      Tomo a liberdade de sugerir, para este melancólico final de ano, e para esse  triste 1º de janeiro,  três filmes que considero estimulantes  para nossa reflexão sobre os tempos do passado próximo que se prorroga no presente e ameaça nosso futuro.

Sem ordem de prioridade ou importância):

1. ’22 de julho’ (norueguês)  retrata os ataques  (articulados entre si) em Oslo e na ilha de Utoya (Suécia) perpetrados em 22 de julho de 2011 contra a sede do governo e  uma reunião de jovens, onde leva a cabo um massacre. O facínora, que agiu só, aparentemente foi motivado pelo ódio ao multiculturalismo e à política imigratória sueca.  Belo e bem realizado;  o que  destaco, porém,  não é a forma, mas a mensagem/lição; ele anuncia o que pode ser, ou melhor, a quanto pode chegar a loucura (ou racionalidade?) reacionária, mesmo em um país culto e rico. Está no Netflix.

2. 'O infiltrado na Klan’ (americano, Spike Lee), narra a incrível história, real, de um policial negro que, em 1979 (ontem!), servindo em pequeno condado do sul dos EUA, se infiltra na organização local da Ku Klux Kan. Revela a persistência do racismo  e de seus métodos, inalterados pelo tempo. Pode ser visto em filmes2019.com

3. ‘Uma noite de 12 anos” (argentino).  Sobre a luta dos tupamaros conta a ditadura militar uruguaia e a tortura infringida a três dirigentes (feitos reféns pelo aparato milita) , entre eles José Mujica. Esse filme pode ser visto no seguinte endereço: https://drive.google.com/drive/folders/1zNVv_q22vEW6he3xYP3kf4GSU_wUREZi?usp=sharin.

Jamais tenhamos dúvida de que o pior sempre pode acontecer.
Roberto Amaral 
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Roberto Amaral é escritor e ex-ministro de Ciência e Tecnologia