Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Os lucros dos bancos crescem sem parar

Quinta, 23 de junho de 2011
Adriano Benayon
Doutor em Economia. Autor de "Globalização versus Desenvolvimento", editora Escrituras.

Nos oito anos de FHC, a média anual de crescimento real dos lucros dos bancos foi 11%, acumulando 230% em oito anos.  De 2003 a 2007, ela foi 12%, acumulando 176% em 5 anos.

2. De 2003 a 2010 os lucros dos cinco maiores bancos — Itaú, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal — elevaram-se de R$ 11,1 bilhões para R$ 46,2 bilhões. Ou seja, em sete anos, elevação sustentada, à média de 17,7% ao ano, ou seja, 313%. Em termos reais (correção pelo IPCA): 12,1 % aa., acumulando 222%.

3. Quem consegue ascensão tão rápida em sua renda real? E a que os bancos devem esse maná? A se crer na grande mídia e na academia, o mercado estabeleceria as taxas de juros dos títulos públicos. Na verdade, quem as decide é o Banco Central — BACEN (formalmente, o COPOM — Comitê de Política Monetária). Estranho "mercado" formado só por um lado, o dos banqueiros.

4. Embora oficialmente subordinado ao governo, as decisões do BACEN e as demais da política econômica daquele emanam dos concentradores financeiros.