Sábado, 18 de junho de 2011
Foto: Taciano / 2003
Pelourinho, patrimônio cultural abandonado pelo governo da Bahia. Dê um clique na imagem para ela abrir maior e em nova aba. Dê mais um clique para aumentá-la ainda mais.
O baiano sabe que o governo do
Estado abandonou à própria sorte os históricos conjuntos arquitetônicos de
Salvador. A omissão do governo com o Pelourinho, um dos mais conhecidos pontos
turísticos da Bahia, tornou essa área arriscada para os turistas e os baianos.
As pessoas já freqüentavam as ruas do Pelourinho inclusive durante as
madrugadas. Policiamento não faltava e reinava a tranqüilidade.
Mas a polícia sumiu, os bandidos
retornaram, os sacizeiros usam abertamente o crack a qualquer hora do dia ou da
noite.
Os prédios históricos de Salvador
estão desabando, pois não recebem os cuidados do governo da Bahia, e aqueles que
pertencem à União são ignorados pelo Iphan —Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional.
Foi em razão desse quadro de
pouco caso e abandono com os Conjuntos Arquitetônicos da Cidade Baixa e do
Centro Histórico de Salvador, que o Ministério Público Federal (MPF/BA) e o
Ministério Público do Estado da Bahia (MP/BA) moveram ação civil pública.
Pediram à Justiça Federal que obrigue a União e a Bahia a intervirem
emergencialmente para salvar prédios sob risco de desabamento e também proteger
pessoas que podem ser atingidas pelos prédios que desabam.
Esta semana o juiz da 16ª Vara
Federal determinou que em 60 dias o governo do Estado e o Iphan realizem todas
as intervenções emergenciais necessárias à prevenção de novos danos nos prédios
tombados. O abandono pelo governo
estadual é tamanho que depois de dada entrada da ação na Justiça Federal já
houve três desabamentos de imóveis históricos. Uma pessoa morreu e vários
automóveis foram atingidos. A perda do patrimônio cultural não tem sido preocupação
do governo baiano.