Quarta, 29 de junho de 2011
Da Radioagência NP
A terceirização dos serviços de saúde no estado de São Paulo provocou um rombo de aproximadamente R$ 147 milhões. Esse valor equivale ao somatório do déficit de 18 hospitais que são administrados porOrganizações Sociais de Saúde (OSS) – em que se transfere para instituições filantrópicas o gerenciamento de hospitais públicos. Neste modelo, o poder público continua a arcar todos os gastos de funcionamento e paga mais uma taxa de administração.
A terceirização dos serviços de saúde no estado de São Paulo provocou um rombo de aproximadamente R$ 147 milhões. Esse valor equivale ao somatório do déficit de 18 hospitais que são administrados porOrganizações Sociais de Saúde (OSS) – em que se transfere para instituições filantrópicas o gerenciamento de hospitais públicos. Neste modelo, o poder público continua a arcar todos os gastos de funcionamento e paga mais uma taxa de administração.
O governo estadual justifica a implementação deste modelo por ser
“exemplo de economia e eficiência”. Porém, dos 34 hospitais públicos
geridos por OSS, apenas quatro possuem balanço financeiro positivo. 18
hospitais possuem patrimônio negativo e os outros doze não apresentaram
balanço referente a 2010.
Em 2008 e 2009, o custo total com os hospitais terceirizados foi em
média 50% mais caro do que os hospitais administrados diretamente pelo
governo. Os gastos públicos correspondentes aos anos de 2006 a 2009 com
as OSS aumentaram 114% – foram de R$ 190 milhões para R$ 1,96 bilhão.
Um dos hospitais que apresenta déficit – no valor de R$ 4,2 milhões
– é o Hospital Mário Covas, em Santo André (SP), gerenciado pela OSS
Fundação ABC. O seu chefe de neurocirurgia é o médico e ex-secretário de
Esporte, Jorge Pagura, que é acusado de ter ligação com o esquema de
fraudes em licitações e pontos de plantões médicos no Sistema Público de
Saúde de São Paulo.
De São Paulo, da Radioagência NP, com informações do blog “Vi o Mundo”, Vivian Fernandes.