Sexta, 26 de setembro de 2014
Karine Melo - Repórter da Agência Brasil
O
candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, participou
hoje (25) de uma conversa sobre democracia e poder popular com um grupo
de alunos da Universidade de Brasília (UnB). Para Iasi, os 30 anos de
transição democrática no país serviram para consolidar “a hegemonia
burguesa no país”. Segundo ele, a Constituição Federal renegou temas
importantes como a demarcação de terras indígenas e a taxação de grandes
fortunas.
O candidato ainda definiu a política atual como
“mutiladora e restrita” e acrescentou que uma política popular tem que
ter ruptura, para que seja possível uma governança em prol da classe
trabalhadora. “Não é uma forma autoritária, é uma real democracia”,
disse.
Mauro Iasi criticou o fato de grandes empresas, como
bancos, companhias privadas de vários setores, como o de produção de
alimentos, financiarem campanhas políticas, em troca de participação no
governo ou de negociações em torno de emendas no Orçamento Geral da
União. Segundo ele, ao fazer isso “elas têm um grau razoável de
segurança”. Na avaliação do presidenciável, na democracia brasileira “
qualquer presidente fica refém de uma governabilidade”.