Era para
ser um debate de ideias entre todos os candidatos ao Senado pelo DF na noite de ontem (23/9). A plateia
formada em sua maioria por estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB), Asa
Norte. Reguffe (PDT), o candidato a senador pela coligação que apoia Rodrigo
Rollemberg, e Gim (PTB), do grupo de Arruda, hoje forçosamente com Jofran
Frejat, não justificaram as ausências. O candidato do PCB, Jamil Magari,
justificou sua ausência por motivos de doença.
Os demais
estavam lá para debater. Magela (PT), coligação de Agnelo; Aldemário (Psol) e
Robson (PSTU), que apoiam Toninho do Psol para governador; Sandra Quezado
(PSDB), que apoia Luiz Pitiman. E mais Expedito Mendonça, candidato ao Senado
pelo PCO.
Foto: colaborador do Gama Livre
Magela arma barraco contra pergunta de estudantes, e debate teve que ser encerrado. E viva a democracia de araque!
O debate
transcorria dentro da normalidade até que uma das perguntas da plateia, e que
foi sorteada para que os candidatos respondessem, se referia aos milhares de
cargos comissionados livremente nomeados pelo governo petista de Agnelo Queiroz.
São os tais cargos em comissão distribuídos a rodo como prêmio e método de
trazer sob controle um batalhão, melhor, um exército de cabos eleitorais, de
apadrinhados. A respeito dessa estupidez administrativa em nomear milhares de apadrinhados,
leia notícia de ontem (23/9) do Ministério Público do DF, em que é requerida à Justiça a declaração de inconstitucionalidade de norma do governo de Agnelo sobre preenchimento de cargos em comissão.
Quando
surgiu a pergunta sobre os milhares de cargos comissionados (há Administrações
Regionais e órgãos do GDF com quase 100 por cento do quadro de pessoal exclusivamente de apadrinhados) Geraldo Magela, o que se diz Senador Pra Valer, explodiu.
Chiou, chilicou, e insuflou a sua militância. Houve o desrespeito não só à
comissão organizadora do debate no Instituto Federal de Brasília, mas aos
demais estudantes da plateia. Democracia pra quê? A comissão foi
intimidada, outros estudantes e pessoas que acompanhavam os candidatos ao
Senado também sofreram pressão, inclusive ameaças e xingamentos.
Com o
exemplo de ‘democracia’ dado por Magela, não foi mais possível continuar o
debate que, frise-se novamente, corria dentro da normalidade.
Senador pra valer é isso?
Senador pra valer é isso?