Sexta, 26 de setembro de 2014
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação da
doleira Nelma Kodama a 47 anos e 15 dias de prisão pelos crimes de
evasão de divisas, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Nelma é
considerada pelo MPF líder do grupo criminoso que operava no mercado
negro de câmbio, por meio de empresas fantasmas, para abastecer o
esquema do doleiro Alberto Youssef, que também está preso.
Nas
alegações finais apresentadas ontem (25) ao juiz Sérgio Moro, da 13ª
Vara Federal em Curitiba, o Ministério Público defende que Nelma Kodama
continue presa, por ter tentado corromper um delegado para ter acesso à
investigação, e por ter planejado fugir às vésperas da deflagração da
Operação Lava Jato, da Polícia Federal, em março.
“Nelma Kodama
seria uma grande operadora do mercado de câmbio negro, envolvida na
prática cotidiana de operações do tipo dólar cabo, com remessas e
internações fraudulentas de numerário. A soma da movimentação financeira
de suas empresas de fachada teria atingido, segundo comunicações do
Conselho de Controle de Atividades Financeira, cerca de R$ 103 milhões
de reais só entre 2012 e 2013”, afirma o MPF.
A partir de agora,
os advogados da doleira terão seis dias para apresentar a defesa. Sem
seguida, Sérgio Moro divulgará a sentença de Nelma Kodama.