O candidato do PSOL-DF ao Senado Federal, Aldemario Araújo,
é o único postulante ao cargo, pelo Distrito Federal, indicado pelo público
LGBT. A indicação de voto para o público de lésbicas, gays, bissexuais, travestis,
transexuais e transgêneros é realizada pelo site votelgbt.org. A iniciativa é
suprapartidária, ou seja, não é realizada sob a responsabilidade de partidos,
nem por eles paga.
O site, que entrou no ar no dia 08/09, reúne apenas
candidatos com propostas concretas pró-LGBT, dividindo-os por estado e por
cargo. Entram na lista candidatos a deputado distrital ou estadual, deputado
federal e senador. O Vote LGBT é coordenado por oito pessoas de três estados:
São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
O Grupo LGBT Brasil, presente no Facebook, também identifica
Aldemario Araújo como o único candidato ao Senado no Distrito Federal
comprometido com a causa LGBT.
As propostas de Aldemario para o público LGBT são norteadas
pelo programa nacional da candidata a presidente da República pelo PSOL,
Luciana Genro. Como prioridade está o combate a todas as formas de preconceito
por orientação sexual e/ou identidade ou expressão de gênero; a garantia de
igualdade jurídica para a população LGBT em todos os âmbitos; a elaboração participativa
através do diálogo permanente com os movimentos sociais e a comunidade, sem
dirigismos partidários, de políticas públicas visando combater o preconceito; e
garantir a igualdade e promover a inclusão social da população LGBT, entendendo
que essas políticas devam estar presentes em todas as áreas de governo.
Consta ainda no programa, a criminalização da discriminação
contra LGBT e implantação de políticas concretas de combate sistêmico à
homofobia, que defende uma política integral de combate a todas as formas de
preconceito que não se limite à legislação penal e não aumente o estado penal,
que vitima principalmente os mais pobres, os negros e os moradores das
periferias. A criação de um observatório para monitoramento da violência
homofóbica, que permitirá a formulação de políticas públicas mais eficientes
para prevenção e treinamento de servidores públicos para lidar com esses casos,
também faz parte do programa.
As propostas contemplam ainda a constitucionalização da
proteção às LGBTs e a todas as formas de família; a alteração o Código Civil
para assegurar a conquista do casamento civil igualitário; a garantia do
direito à autodefinição da identidade de gênero; a garantia do direito de
travestis e transexuais à saúde integral; a revisão de políticas públicas de
combate ao HIV e DSTs com conscientização e atendimento das LGBTs; a
implantação do kit “Escola sem Homofobia” e revisão dos materiais já
existentes; a qualificação dos servidores públicos para o atendimento à
população LGBT; e o fortalecimento da participação direta das LGBTs.
Saiba mais
“Sempre que se fala em questões LGBT, a maioria pensa que se
trata apenas de direitos para homossexuais e bissexuais, mas poucos ainda sabem
que também há heterossexuais na comunidade LGBT.
Calma que te explicamos.
A última letrinha da sigla LGBT diz respeito às pessoas
trans. Orientação sexual e identidade de gênero são duas coisas completamente
distintas. A orientação sexual diz respeito ao desejo, ao que cada um se sente
atraído. Quem sente atração apenas pelo sexo oposto, como a maioria das
pessoas, é heterossexual. Quem sente atração apenas pelo mesmo sexo é
homossexual. Quem sente pelo dois é bissexual. E, ao contrário do que muitos
pensam, isso não é algo que se escolha. É simplesmente como o corpo de cada
pessoa funciona. É como ser canhoto, destro ou ambidestro.
Já a identidade de gênero diz respeito a como cada um se
enxerga. O mais comum é as pessoas terem a mesma identidade de gênero que seu
sexo biológico. O termo técnico para estas pessoas são homens cis e mulheres
cis. Agora, uma pessoa que nasce com o corpo biológico masculino, mas se
identifica como mulher, é uma mulher trans, independente de já ter feito a
cirurgia de troca de sexo ou não. Da mesma forma, alguém que nasceu com corpo
feminino, mas tem alma (pra usar um termo mais metafísico) de homem, é um homem
trans. E dentro do grupo das pessoas trans há homossexuais, bissexuais e
heterossexuais. Um homem trans que se sinta atraído apenas por mulheres é
heterossexual. Uma mulher trans que sente atração apenas por mulheres é
lésbica. E assim por diante. Entendeu?
E as pessoas trans são justamente as mais marginalizadas na
nossa sociedade. Infelizmente, sofrem preconceito até mesmo de homossexuais.
São quem mais tem dificuldade em arranjar emprego, por exemplo – para grande
parte não sobra outra opção a não ser a prostituição. Além disso, as pessoas
trans praticamente não têm a opção de ficar dentro do armário para passarem
despercebidas e sofrem os ataques mais violentos, pois geralmente a diferença
delas em relação aos demais é explícita em sua aparência física. Aliás, o termo
correto para designar o preconceito que eles sofrem é transfobia, e não
homofobia.
Por isto, é muito importante saber se seu candidato tem
propostas para essa população. Saiba se ele tem propostas de inclusão social e
de melhorias para o atendimento de pessoas trans na rede de saúde pública.”
(Fonte:http://www.votelgbt.org/category/blog).
Fonte: Site Aldemário