Marcelo
Brandão – Repórter da Agência Brasil
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu hoje (7), por
unanimidade, que não houve conduta irregular do ministro Augusto Nardes,
relator do processo de análise das contas de 2014 do governo.
Na última segunda-feira (5), o advogado-geral da União,
Luís Inácio Adams, entregou o pedido de afastamento de Nardes ao tribunal,
alegando que o ministro-relator antecipou seu voto à imprensa indicando a
rejeição das contas de 2014 do governo federal.
O corregedor do TCU, ministro Raimundo Carreiro, que
relatou o caso, afastou a possibilidade de o relator ter agido de forma
parcial, como sustentou Adams. Carreiro destacou que a análise das contas “foi
resultado de um trabalho imparcial e competente” do corpo técnico do TCU, bem
como dos ministros.
Sobre a veiculação de matéria jornalística que,
supostamente, comprovaria a posição prévia de Nardes no processo, Carreiro
entendeu que não há motivos para contestar a conduta do relator. “A presente
representação é improcedente, tendo em vista que a referida matéria traduz
meras ilações do jornalista. Nada, absolutamente nada, nas declarações do
ministro Nardes configura juízo de valor sobre a manifestação apresentada pela
Presidência da República.”
O pedido do governo foi apreciado como uma das questões
preliminares em sessão extraordinária que começou por volta das 17h de hoje
(7).