Domingo, 3 de fevereiro de 2013
Os ideais de Martí, junto com o marxismo-leninismo, guiam a política de Cuba até hoje
| José Martí - Foto: Reprodução | 
Na
 segunda-feira, 28 de janeiro de 2013, comemorou-se o 160º aniversário 
de nascimento do mentor intelectual dos revolucionários cubanos, José 
Julián Martí Pérez (Havana, Cuba, 28 de janeiro de 1853 – 19 de maio de 
1895, Dos Rios, Cuba).
Filho de pai espanhol e 
mãe natural das Ilhas Canárias, José Martí é considerado o apóstolo e o 
grande mártir da Independência de Cuba em relação à Espanha. Além de 
poeta e pensador fecundo, desde sua mocidade demonstrou sua inquietude 
cívica e sua simpatia pelas ideias revolucionárias que gestavam entre os
 cubanos.
Influenciado pelas ideias de 
independência de Rafael Maria de Mendive, seu mestre na escola 
secundária de Havana, iniciou sua participação política escrevendo e 
distribuindo jornais com conteúdo separatista no início da Guerra dos 
Dez Anos. Com a prisão e deportação de seu mestre Mendive, 
cristalizou-se a atitude de rebeldia que Martí nutria contra a dominação
 espanhola.
Em 1869, com apenas 16 anos, publicou
 uma folha impressa separatista, El Diablo Cojuelo, e o primeiro e único
 número da revista La Patria Libre. No mesmo ano passou a distribuir um 
periódico manuscrito intitulado El Siboney. Pouco depois foi preso e 
processado pelo governo espanhol por estar de posse de papéis 
considerados revolucionários. Foi condenado a seis anos de trabalhos 
forçados, mas passou somente seis meses na prisão até que, em 1871, com a
 saúde debilitada, sua família conseguiu um indulto e obteve a permuta 
da pena original pela deportação à Espanha. Na Espanha, Martí publicou, 
naquele mesmo ano, seu primeiro trabalho de importância: “El Presidio 
Político en Cuba”, no qual expõe as crueldades e os horrores vividos no 
período em que esteve na prisão em Cuba. Nesta obra já se encontrariam 
presentes o idealismo e o estilo vigoroso que tornariam Martí conhecido 
nos círculos intelectuais de sua época. Mais tarde dedicou-se ao estudo 
do Direito, obtendo o doutorado em Leis, Filosofia e Letras da 
Universidade de Zaragoza em 1874.
Em 19 de maio 
de 1895, no comando de um pequeno contingente de patriotas cubanos, após
 um encontro inesperado com tropas espanholas nas proximidades do 
vilarejo de Dos Ríos, José Martí foi atingido e faleceu em seguida. Seu 
corpo, mutilado pelos soldados espanhóis, foi exibido à população e 
posteriormente sepultado na cidade de Santiago de Cuba, em 27 de maio do
 mesmo ano.
Para Martí, a luta deveria ser uma 
verdadeira transformação cubana em todos os aspectos: econômico, 
político e social. Os ideais de Martí, junto com o marxismo-leninismo, 
guiam a política de Cuba até hoje.
Fonte: Brasil de Fato 
 
 
 
