Quinta, 11 de setembro de 2014
Do Portal Notibras
Por André Bastos
Prestes a ser catapultado do Palácio do Buriti na silenciosa
guerra das urnas, o governador Agnelo Queiroz (PT) está deixando para
seu sucessor uma herança maldita: o caos na saúde pública.
A situação se agrava a cada dia. E o governador-médico que se dizia
capaz de corrigir distorções no setor, vai embora sem nada ter feito
para se redimir das promessas não cumpridas.
Não bastasse a falta de leitos, UTI’s, médicos, auxiliares e
medicamentos, o brasiliense assiste outra triste realidade: a capital da
República convive com a menor cobertura do país do programa Saúde na
Família.
O índice desse programa no Distrito Federal é de 20,06%, contra uma
média brasileira de 56,38%. O percentual de Brasília, atribuído pelo
Conselho Federal de Medicina, é o pior entre todas as unidades da
Federação.
Mas o quadro catastrófico não para por aí. O Distrito Federal também
tem o pior índice de leitos do Sistema Único de Saúde para cada 800
habitantes — 0,7. Brasília, nesse quesito, perde até para o Amapá
(1,20), Amazonas (1,21) e Sergipe (1,22).
A situação de penúria é consequência dos baixos investimentos feitos
na área de saúde pública por Agnelo Queiroz. O gasto per capita é de 2
reais 90 centavos, indica o Conselho Federal de Medicina. A média
brasileira é de 3 reais e cinco centavos.
Andréa Bastos