Sábado, 15 de agosto de 2015
Vamos construir manifestação contra o governo e contra Aécio e Cunha!
Editorial do Opinião
Socialista 502
Na véspera do dia dos
pais, centenas de pais de família, operários da GM de São José dos Campos
receberam carta de demissão. A multinacional, que recebeu milhões do governo
brasileiro e que teve o maior lucro mundial de sua história, não aceita
diminuir seus lucros, colocando no olho da rua centenas de operários de maneira
covarde.
Os operários reagiram
coletivamente e entraram em greve contra as demissões imediatamente. O
trabalhador como indivíduo isolado pode pouco, mas como coletivo, como classe
trabalhadora unida, pode muito. Mais poder tem quanto maior unidade na luta
tiver. E essa realidade dos operários da GM está sendo hoje a realidade da
classe operária e da classe trabalhadora no país inteiro.
Em todo lado, vemos
demissões. Em muitos lugares, sem sequer pagar os direitos, como no Complexo
Petrolífero do Rio de Janeiro (Comperj). Também vemos propostas de redução de
salários e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Ou, como no
funcionalismo público federal, onde a proposta de reajuste do governo é não
garantir nem metade da inflação.
No funcionalismo do Rio
Grande do Sul, o governo do Estado resolveu parcelar o pagamento dos salários.
A patronal e o governo Dilma estão jogando a crise nas costas da classe
trabalhadora para salvar e aumentar seus lucros e garantir o pagamento da
dívida pública aos banqueiros, à custa de ainda maior empobrecimento nosso.
Porém, em todo lado vemos lutas.
O governo Dilma (PT), o
Congresso Nacional, Aécio (PSDB), Eduardo Cunha (PMDB), os governadores dos
estados, jogam todos no time dos banqueiros e da patronal. Eles estão numa
briga política para ver quem governa o Estado e quem se safa das denúncias de
corrupção. Mas, não têm diferença quando o assunto é jogar a crise nas nossas
costas. Seja o PT, o PSDB e o PMDB, a receita é a mesma.
Diante da fraqueza do
governo Dilma, ratos antes aliados, como Eduardo Cunha, ameaçam pular do barco
do governo e os urubus- tucanos, como Aécio Neves, se assanham. Ambos estão
apoiando a manifestação do dia 16 de agosto.
O PT, o PCdoB, o MST, a
CUT, a CTB e outras entidades governistas, com apoio do MTST e PSOL, chamam uma
manifestação para o dia 20 de agosto contra a do dia 16, em defesa do governo
Dilma. Embora digam ser contra o ajuste fiscal, primeiro defendem esse governo
que faz o ajuste fiscal, como se “de esquerda” fosse.
A força da classe
trabalhadora em movimento
Como na GM, os operários e
toda a classe trabalhadora estão rejeitando propostas indecorosas de
rebaixamento de salários, e fazendo greves e mobilizações por todo o país.
Essas greves teriam mais força se fossem unificadas, no rumo de uma Greve
Geral, enfrentando a patronal, o governo e o Congresso.
O caminho a seguir é o que
propõe a CSP-Conlutas, que chama a CUT e a CTB a romperem com o governo e a
Força Sindical a romper com o PSDB e o partido Solidariedade e virem construir
a Greve Geral contra todos eles e contra esse ajuste fiscal. E chama,
especialmente, o MTST e o PSOL a romperem com o campo governista do dia 20 e
virem construir uma manifestação contra todos eles em setembro: um forte campo
da classe trabalhadora, contra o campo burguês da Dilma, PT e seus aliados, e
contra o campo da oposição burguesa de direita, de Aécio e Cunha. Por esse
caminho, nos tornaremos mais fortes para derrotar também o ajuste fiscal. Por
isso todos os trabalhadores que estão em greve, em suas assembleias, devem
rejeitar a participação no dia 16 e no dia 20 e apoiarem a construção de uma
mobilização independente e contra o governo, o Congresso e a oposição burguesa.
A classe trabalhadora deve
tomar em suas mãos a tarefa de botar fora esse governo Dilma e também Cunha,
Aécio, Temer, Renan e toda essa corja. Os trabalhadores e a juventude unidos e
mobilizados podem botar todo esse pessoal para correr e construir um governo
seu. O caminho para isso é a mobilização unificada contra todos eles e não
defender esse governo ou propor que esse Congresso corrupto, pela via do
impeachment, controle o país.
Chega de Dilma, do PT, de
Temer, de Cunha, de Renan, do PMDB e de Aécio e o PSDB!
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Fonte: site do PSTU
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Fonte: site do PSTU