Quinta,
1º de outubro de 2015
Sertanejo da Bahia como sou, sei que não há nada melhor do
que uma rede à sombra para minimizar o calor, o mormaço das tardes do meu
Nordeste. Ou, na madrugada na varanda de uma casa em Amaralina, em Salvador,
ouvir o quebrar das ondas do mar e receber no rosto a gostosa brisa que vem do
Oceano Atlântico.
Rede é bom, mas cuidado com a queda de uma danada dessa. Desde
criança sempre ouvi falar que a bicha é perigosa. Se as cordas rompem, o
sujeito terá muita sorte se não quebrar e ficar com o espinhaço torto e doído
para o resto da vida. Se não estraga o espinhaço, possivelmente racha o quengo.
E aí será um milagre não ficar com os miolos moles.
Por que o texto acima? Porque estou vendo tanta gente pular
para a Rede da Marina, que estou receoso das cordas não aquentarem o peso. Se
as cordas aguentarem, a rede rasga. Ora, se rasga. Aí vai ser um monte de
marmanjos com o espinhaço torno ou os miolos moles soltos na política desse
mundo de Meu Deus.