Sexta, 3 de junho de 201
Da Radioagência NP
Os professores das universidades estaduais da
Bahia estão acampados nesta quinta-feira (02) na Assembleia Legislativa
de Salvador. Eles estão em greve e com os salários cortados há quase
dois meses. Os docentes querem a abertura das negociações com o governo
de Jaques Wagner (PT). No último dia 27, em reunião com representantes
dos grevistas, o governo retirou suas propostas e disse que apenas
analisaria as demandas dos professores.
Os manifestantes querem o fim do impedimento de ganhos reais para a
categoria. Uma cláusula colocada no acordo salarial de 2010 condiciona a
incorporação de uma gratificação ao salário-base e a não negociação de
aumentos salariais aos docentes por quatro anos. A gratificação chamada
de Condições Especiais de Trabalho significa um aumento que varia de 7% a
18%, em quatro anos, a depender do nível da carreira. O percentual é
considerado baixo pelos professores.
Outra exigência dos grevistas é a retirada das Universidades do
decreto 12.583, que prevê o corte de verbas para o funcionalismo público
no estado. O corte nas Universidades representaria a proibição de
promoções e contratação de professores substitutos, além de faltar
recursos para eventos e viagens. Segundo os manifestantes, o governo
disse que as verbas das Universidades não seriam cortadas. No entanto,
não há segurança jurídica de que isso aconteça.
De São Paulo, da Radioagência NP, com informações de Aline Scarso, Vivian Fernandes.
