Você teria coragem de entregar sua
filhinha, sua jovem filha, seu filho, sua mulher, ou sua mãe, aos
cuidados de um estuprador? E mesmo que não seja um estuprador condenado, mas que haja
fortes indícios ser ele um desses pervertidos? Você entregaria a sua família
aos cuidados de alguém que responde por estupro? Sim? Não? Teria a
tranquilidade de dormir com um estuprador “zelando” por seu sono?
Pois é, acho que ninguém correria esse tipo de risco. Ficaria, e
colocaria sua família, seu vizinho, seu
amigo, todos, o mais longe possível de um estuprador ou um forte acusado
de cometer esse hediondo crime contra suas vidas e dignidade.
Então como pode alguém entregar a vida de sua família, de seus amigos —e
até de adversários— para que estupradores de cofres públicos sejam responsáveis
e zeladores pelo presente e o futuro de todos. Alguns já estupradores
condenados —mas vários deles ainda soltos. De outros, já se encontrou o DNA do
estupro nos cofres e nos recursos públicos. Apesar de ainda não condenado o
estuprador, o mal já foi feito, violentando o direito universal à saúde, à
educação, ao bom transporte público, à dignidade.
A lerda justiça brasileira, e o ineficiente aparelho de investigação, que são atrapalhados e sofrem influência de estupradores e de amigos deles, até agora não conseguiram segregar da sociedade elementos nocivos como são os estupradores do erário público, os estupradores da Nação, a Nação que deve ser a mãe de todos nós. Apesar de ser uma mãe ingrata com muitos dos seus filhos. Com muitos não, com a maioria, isso até por conta dos estupros sucessivos e históricos que essa Mãe é vítima há quinhentos e tantos anos.
A lerda justiça brasileira, e o ineficiente aparelho de investigação, que são atrapalhados e sofrem influência de estupradores e de amigos deles, até agora não conseguiram segregar da sociedade elementos nocivos como são os estupradores do erário público, os estupradores da Nação, a Nação que deve ser a mãe de todos nós. Apesar de ser uma mãe ingrata com muitos dos seus filhos. Com muitos não, com a maioria, isso até por conta dos estupros sucessivos e históricos que essa Mãe é vítima há quinhentos e tantos anos.
É verdade que o estuprador, especialmente desse tipo que estamos falando
—do dinheiro público— mostra simpatia, é sorridente, é bem vestido, chega de
vagarinho, se aproxima, tem boa lábia, está sempre acompanhado e apoiado por
outros estupradores, se apresenta como anjo, mas esconde os chifrinhos e os pés
de cabra (que as cabras me perdoem). É o bandido em fantasia de santo. Tudo
para apoderar-se da dignidade, da vida, e ser senhor do corpo e da alma do
eleitor.
Além dos estupradores que brilharam no Mensalão Principal, e também em
outros Brasil a fora, agora se revela o Mensalão do Petrolão. Com estupradores
de quase todas as cores partidárias.
Mas fiquemos em nossa paróquia, na nossa Brasília, a nossa mãe, irmã,
filha, Brasília.
Aqui, na amada Brasília, muitos estupradores dos cofres. Alguns poucos
condenado, mas ainda usando recursos protelatórios para, em algum momento no
futuro, se livrar da cadeia por prescrição dos crimes de estupros dos cofres.
Há até estupradores que foram filmados no ato obsceno e degradantes do estupro.
Uns, e umas, empacotando, ensacando, embolsando, outros ‘rezando’, e mais alguns
‘encuecando’, ‘emeiando’. Nenhum até agora está preso. Uns poucos curtiram
alguns dias de cadeia. Coisa boba, coisa pouca, para o crime que cometeram.
Quem sabe algum dia haja a indignação geral do povo, o acordar das nossas instituições,
como o judiciário, por exemplo, e esses bandidos estupradores dos cofres
públicos sejam encarcerados, engaiolados, excluídos da vida da sociedade, por
um tempo maior.
Teve estupradores que foram estuprados também, pois quem, por exemplo,
vende seu voto num parlamento é ao mesmo tempo um estuprado moralmente e um
estuprador da dignidade dos eleitores, da população. Deputados, (não)servidores
públicos, secretários, dirigentes de empresas públicas, autarquias etc. se
deixaram levar pela orgia, sendo ao mesmo tempo estuprados e estupradores. Foram, mais do que isso, uns canalhas!
Aquele eleitor que tenha a preocupação com a dignidade de sua família,
seus amigos, seu grupo, sua sociedade, e inclusive seus adversários, tem muito a se preocupar nessas eleições que ocorrerão no dia 5 de
outubro.
Deve analisar bem o seu voto, para depois não se queixar do estupro
político. Do estupro contra os cofres públicos.
Dos candidatos a deputado, por exemplo, tem gente que
não tem currículo, mas folha corrida. Alguns foram presos 8, 10, 15 dias.
Alguns sob a suspeita de fraude em licitação com o poder público, uma das
formas mais violentas e usuais de estupro dos cofres públicos. Condenados,
alguns. Suspeitos? muitos. E aí volto ao que falei lá no início desse texto.
Entregar alguém a um acusado suspeitíssimo de estupro?
Não entregue a nossa Brasília nem a estupradores juramentados e nem a
fortes suspeitos de estupro de cofres público. Pesquise o nome de cada um dos
seus possíveis candidatos.
Como dizia Leonel Brizola: “Quando um negócio tem olho de jacaré, couro
de jacaré, dente de jacaré, serra de jacaré, como que não é jacaré?”
Claro que é jacaré. Não vote em jacaré.
Pesquise a vida do seu candidato, descubra quem é que financia a sua campanha para amanhã cobrar de você a fatura. Depois decida se vai com ele ou
afasta-se dele.