Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Lula "defende" Petrobras de olho nas urnas

Quarta, 17 de setembro de 2014
Do blog baiano Por Escrito
Luís Augusto Gomes
Para quem costumava atrair dezenas e até centenas de milhares de pessoas por onde passava, o ex-presidente Lula deve ter sentido a diferença, ontem, quando falou a cinco mil no centro do Rio “em defesa da Petrobras”.
Dissemos “diferença”, e não “frustração”, porque, esperto como é, Lula sabia que não conseguiria mesmo reunir mais gente, sendo ainda provável que conhecesse, pelo menos de vista, a maioria da plateia de sindicalistas e assessores com suas bandeiras e carros de som.
O que interessava a ele, que ultimamente não arrisca a perna em bola dividida, era apenas produzir uma pantomima, devidamente filmada, para aparecer no horário eleitoral, o que deverá acontecer brevemente, brandindo o discurso “nacionalista” com que ainda pensa enganar a nação.

Como em tantos casos passados, Lula sofisma sobre as denúncias envolvendo a Petrobras, tentando sugerir que a oposição quer acabar com a empresa, e não com a corrupção que dela tomou conta pela primeira vez na história.
Seus argumentos vazios, embora perigosos diante de uma população despreparada para a compreensão minuciosa dos fatos, deixa furos diversos.
“Se alguém praticou erro, se alguém roubou, esse alguém tem mais é que ser investigado, ser julgado, ir para a cadeia”. Não foi o que disse no episódio do mensalão, que ele iria “desmontar” logo que deixasse a presidência.
“Os milhares de trabalhadores da Petrobras não podem ser confundidos com alguém que porventura possa ter cometido um erro qualquer”, afirmou, em nova tentativa de confundir a audiência.
O ex-presidente não esclarece que ele e a presidente Dilma é que nomearam esse que “porventura possa ter cometido um erro qualquer”, e que ele ficou 12 anos na diretoria da empresa – desviando dinheiro, comprando políticos e promovendo negociatas.