Terça, 9 de
setembro de 2014
Vladimir
Platonow - Repórter da Agência Brasil
O candidato
do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, recebeu, na tarde de hoje (9),
de líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), uma carta com a
proposta da entidade para a estrutura agrária do país. Em reunião no Campus da
Praia Vermelha da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Iasi destacou
a ligação histórica que existe entre o PCB e o MST.
“Temos uma
relação de muito tempo com o MST", disse o candidato. Segundo ele, em
linhas gerais, a reforma agrária defendida pelo partido se aproxima muito do
documento apresentado pelo movimento. "Em nossa campanha, temos percorrido
o Brasil e passado em muitos assentamentos da reforma agrária, onde temos tido
muito apoio”, lembrou Iasi.
Para ele,
nos últimos anos, a reforma agrária deixou de avançar no país. “A reforma
agrária regrediu nos últimos anos, no número de famílias assentadas. E o mais
preocupante é que a política agrícola que sustenta o modelo tem deixado os
assentamentos em uma situação muito difícil, o que pude comprovar nas visitas
que fiz aos acampamentos. Alguns ainda não viraram assentamentos, com 12 anos
de idade, como um de Ponta Grossa, no Paraná. Outros, já consolidados, têm
carência de projetos, financiamento e apoio técnico”, destacou.
De acordo
com Iasi, a política oficial se aproximou do agronegócio, visando à produção de
commodities para a exportação, em vez da produção de alimentos.
Para o
candidato comunista, não há diferenças marcantes na política agrária dos três
candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da
República: Dilma Rousseff, que disputa a reeleição pelo PT, Marina Silva, do
PSB, e Aécio Neves, do PSDB. “Eles disputam para saber quem melhor representa o
interesse do agronegócio e deram declarações recentes de compromisso com essa
orientação da política agrícola”, afirmou Iasi.