Sábado, 29 de novembro de 2014
Almiro Marcos — Correio Braziliense
Almiro Marcos — Correio Braziliense
Apesar da presidência da Casa ter anunciado, na última terça-feira, o
engavetamento das duas proposições — a segunda fecha a porta para
cidadão comum e sociedade civil na lista dos que têm direito de
apresentar pedidos de investigação contra distritais —, um grupo de
parlamentares segue se articulando nos bastidores para tentar, de todas
as formas, garantir a blindagem. A pressão nesse sentido é grande e as
articulações, como moeda de troca, passam por votos na aprovação de
projetos de interesse do atual governo (como a criação de um fundo da
dívida ativa) e também no apoio a nomes para a eleição da futura Mesa
Diretora.
Encrencados
Entre os deputados encrencados com a Justiça, a situação mais complexa é de Benedito Domingos (PP). Ele foi condenado no ano passado pelo Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) em ação penal por formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude a licitações por ter favorecido empresas da família em contratações públicas. Além disso, este ano, também foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa por participação no Mensalão do DEM — esquema de pagamento de propina a autoridades públicas investigado pela Operação Caixa de Pandora em 2009. Os fatos tornaram o distrital inelegível à luz da Lei da Ficha Limpa.
Dois réus da Pandora ao lado de Benedito, o federal eleito Rôney Nemer (PMDB) e o distrital Aylton Gomes (PR) também receberam condenação do TJDFT este ano por improbidade pelo mesmo caso. O militar foi condenado antes das eleições e virou ficha suja. Assim, a candidatura foi barrada. O peemedebista recebeu condenação depois das eleições e deve ter recurso contra expedição da diplomação apresentado pelo Ministério Público Eleitoral até o ano que vem.
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