Sexta, 28 de novembro de 2014
Do Contas Abertas
Por Dyelle
Menezes
A Octapharma, laboratório denunciado no escândalo da Máfia
dos Vampiros e ligado ao ex-primeiro-ministro português, José
Sócrates, preso na semana passada, recebeu cerca de R$ 700 milhões do
governo brasileiro entre 2008 e 2014. Nesses últimos cinco anos, o Ministério
Público Federal tenta impedir que novos contratos sejam assinados com o
laboratório suíço.
De acordo com o levantamento do Contas Abertas, 2012 foi o
ano que a Octapharma mais faturou em contratos com o governo brasileiro. Foram
R$ 235 milhões. Em 2013, recebeu R$ 118 milhões. Este ano, pagamentos feitos
pelo Ministério da Saúde já superam os R$ 124 milhões.
Em 2008, o Ministério Público Federal acusou sete pessoas e
três empresas de envolvimento no escândalo na Máfia dos Vampiros. Entre as
empresas estava a Octapharma. As investigações apontaram que os acusados
combinavam preços e fraudavam licitações do Ministério da Saúde para comprar
remédios para o tratamento de hemofílicos. O esquema resultou em valores
praticados bem acima do mercado.
Leia a íntegra em:
http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/10111#sthash.eKhB4xkZ.dpuf
28 de novembro de 2014
Dyelle Menezes
Dyelle Menezes
A Octapharma, laboratório
denunciado no escândalo da Máfia dos Vampiros e ligado ao
ex-primeiro-ministro português, José Sócrates, preso na semana passada,
recebeu cerca de R$ 700 milhões do governo brasileiro entre 2008 e 2014.
Nesses últimos cinco anos, o Ministério Público Federal tenta impedir
que novos contratos sejam assinados com o laboratório suíço.
De acordo com o levantamento do Contas Abertas, 2012 foi o ano que a Octapharma mais faturou em contratos com o governo brasileiro. Foram R$ 235 milhões. Em 2013, recebeu R$ 118 milhões. Este ano, pagamentos feitos pelo Ministério da Saúde já superam os R$ 124 milhões.
Em 2008, o Ministério Público Federal acusou sete pessoas e três empresas de envolvimento no escândalo na Máfia dos Vampiros. Entre as empresas estava a Octapharma. As investigações apontaram que os acusados combinavam preços e fraudavam licitações do Ministério da Saúde para comprar remédios para o tratamento de hemofílicos. O esquema resultou em valores praticados bem acima do mercado.
Na ação civil pública, os procuradores do MPF pediram a anulação dos contratos firmados entre o Ministério da Saúde e a Octapharma, a devolução aos cofres públicos da verba supostamente desviada, e a proibição de negociações entre a empresa suíça e o governo brasileiro. Até hoje, não houve sentença sobre o caso.
Para o economista Gil Castelo Branco, da ONG, mesmo sem uma decisão da Justiça, impedindo a Octapharma de participar de licitações, os órgãos de controle do governo federal poderiam proibir novos contratos com a empresa no âmbito administrativo.
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Em 2008, o Ministério Público Federal acusou sete pessoas e três empresas de envolvimento no escândalo na Máfia dos Vampiros. Entre as empresas estava a Octapharma. As investigações apontaram que os acusados combinavam preços e fraudavam licitações do Ministério da Saúde para comprar remédios para o tratamento de hemofílicos. O esquema resultou em valores praticados bem acima do mercado.
Na ação civil pública, os procuradores do MPF pediram a anulação dos contratos firmados entre o Ministério da Saúde e a Octapharma, a devolução aos cofres públicos da verba supostamente desviada, e a proibição de negociações entre a empresa suíça e o governo brasileiro. Até hoje, não houve sentença sobre o caso.
Para o economista Gil Castelo Branco, da ONG, mesmo sem uma decisão da Justiça, impedindo a Octapharma de participar de licitações, os órgãos de controle do governo federal poderiam proibir novos contratos com a empresa no âmbito administrativo.