Sábado, 29 de novembro de 2014
Da Revista Veja
O advogado da Petrobras avisou o Planalto dos riscos de a estatal continuar contratando obras sem licitação apesar das sucessivas advertências do Tribunal de Contas da União sobre irregularidades
Robson Bonin e Hugo Marques
(Nelson Antoine/Frame/Folhapress)
Na semana passada, VEJA mostrou que mensagens eletrônicas
encontradas pela Polícia Federal nos computadores do Palácio do Planalto
revelavam que o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff
tiveram, em 2009, a oportunidade de interromper a ação dos corruptos que
atuavam no coração da Petrobras — e a desperdiçaram. Chefe da Casa
Civil do governo Lula, Dilma recebeu do então diretor de Abastecimento e
Refino da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um e-mail alertando para o
risco de que obras sob sua responsabilidade fossem paralisadas por
recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). Cérebro da quadrilha
que desviou bilhões dos cofres da companhia, Paulo Roberto estava
preocupado com a ação dos auditores que começaram a farejar pistas da
existência do cartel de empreiteiras que superfaturava contratos na
estatal. Para impedir que o dinheiro parasse de jorrar no bolso dos
corruptos, o diretor sugeriu que o governo agisse politicamente para
neutralizar as denúncias do tribunal. E assim foi feito. Logo depois de
receber a mensagem, Dilma se pôs a criticar a iniciativa do TCU, e Lula
vetou a decisão do Parlamento de interromper as obras suspeitas, entre
elas a de construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Leia a íntegra em:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/a-agua-esta-chegando-ao-pescoco