Segunda, 14 de dezembro de 2015
Da
Agência Brasi
Estudantes de Goiás ocupararam hoje (14) mais quatro escolas
públicasna região metropolitana do estado, segundo a Secretaria de Educação e a
organização do movimento. Agora são oito as unidades ocupadas pelos alunos
contrários às propostas de reforma que terceirizam a adminitração das
instituições de ensino estaduais.
De acordo com a secretaria, estão ocupadas seis escolas em
Gôiania, uma em Aparecida de Goiânia e uma em Anápolis, distante 60 quilômetros
da capital do estado. Como as escolas estão em período de prova, os alunos
fazem as avaliações em unidades próximas às ocupadas, sem prejudicar o fim do
ano letivo.
As ocupações começaram na quarta-feira (9) pelo Colégio José
Carlos de Almeida, após o governador Marconi Perillo autorizar formalização da
parceria que transfere a gestão das escolas da rede estadual para organizações
sociais, que são entidades privadas filantrópicas.
A intenção é que as entidades comecem a operar já no
primeiro semestre de 2016. A próxima etapa é a seleção das organizações
sociais. Conforme a proposta, além de cuidar da adminstração e infraestrutura,
as entidades privadas poderão contratar professores e funcionários
administrativos. O quadro atual de concursados será mantido, mas novos
profissionais também poderão ser escolhidos por elas.
Para os estudantes, a medida é negativa e a decisão de
implantá-la foi feita sem diálogo com as escolas. Diretor da União Goiana dos
Estudantes Secundaristas, Gabriel Tatico informou que a medida é uma
privatização da educação pública.
"O movimento estudantil organizado vai dialogar, mas
não vamos retroceder. Queremos o fim desse projeto. Vamos parar quando houver
um diálogo real de construção de uma nova perspectiva para a educação do
estado, que não seja a terceirização ou a militarização".
Em nota divulgada sexta-feira (11), a Secretaria de Educação
afirmou que o movimento é “extemporâneo, injustificável e desnecessário” e que
a proposta de gestão compartilhada vai garantir que professores e diretores se
dediquem exclusivamente ao ensino.
“As escolas permanecerão 100% públicas e gratuitas. Os
professores efetivos terão todos os diretos assegurados e os recursos aplicados
serão os mesmos.”