Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

A arte de viver


Dezembro
9
A arte de viver

Em 1986, o Nobel de Medicina foi para Rita Levi-Montalcini.
Em tempos difíceis, durante a ditadura de Mussolini, Rita havia estudado as fibras nervosas, escondida, num laboratório improvisado em algum canto da sua casa.
Anos mais tarde, e depois de muito trabalhar, essa tenaz detetive dos mistérios da vida descobriu a proteína encarregada de multiplicar as células humanas, e recebeu o Nobel.
Andava perto dos oitenta anos e dizia:
— Meu corpo fica enrugado, mas o cérebro não. Quando eu ficar incapaz de pensar, só quero que me ajudem a morrer com dignidade.


Eduardo Galeano, no livro ‘Os filhos dos dias’. L&PM Editores, 2ª Ed. Pág. 376.

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Rita Levi-Montalcini
A "Dama das Células", médica neurologista, morreu em casa aos 103 anos. Nascida em 22 de abril de 1909 na cidade italiana de Turim, morreu em 30 de dezembro de 2012 em Roma.
Saiba mais sobre essa cientista (aqui e aqui) que foi perseguida pelo fascismo e também pelo nazismo, quando da invasão das tropas alemãs na Itália.