Quinta, 16 de junho de 2011
Da Agência Senado
Foto: Waldemir Barreto
O Senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) defendeu, nesta quinta-feira (16) a aprovação do Projeto de Lei Senado 41/2010,
que regula o acesso a documentos oficiais, da maneira como foi aprovado
na Câmara dos Deputados. Enquanto o projeto original, do Executivo, não
prevê limites para a renovação da classificação de sigilo, o texto
aprovado na Câmara limita o prazo a 25 anos para os documentos
ultrassecretos, com possibilidade de apenas uma renovação por igual
período.
O senador leu em Plenário texto publicado pelo jornal O Globo sobre a intenção do governo de manter o sigilo secreto e de retirar a urgência da votação.
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Quero aqui registrar, publicamente, minha discordância com a decisão da
presidente Dilma Rousseff de não mais priorizar a votação da Lei de
Acesso à Informação, enviada ao Congresso em 2009 pelo ex-presidente
Lula e que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e por três
Comissões do Senado Federal.
Jarbas Vasconcelos
lembrou que, apesar de sempre falar sobre as "heranças malditas" do
governo do ex-presidente, reconhece que a apresentação do projeto é uma
herança bendita.
Em apartes, os
senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Pedro Taques (PDT-MT), Waldemir Moka
(PMDB-MS) e Ana Amélia (PP-RS) também defenderam a limitação do tempo de
sigilo. Para Pedro Taques, a Constituição Federal não estabelece sigilo
eterno e não há verdade que não possa ser dita depois de um certo
tempo.
- 25 anos mais 25 anos é tempo o
bastante para que essas feridas possam ser curadas. Manter segredos
eternos, sigilos de forma indefinida mostra que nós temos muito o que
caminhar para sairmos daquele título de republiqueta de banana - disse o
senador do PDT.