Sábado, 4 de junho de 2011
Da "Auditoria Cidadã da Dívida"
O governo anuncia
que o Plano disporá de R$ 20 bilhões por ano, porém, neste valor já se
encontram incluídos os atuais recursos do “Bolsa Família”, que em 2010
consumiu cerca de R$ 14 bilhões. Não se sabe quais outros atuais
programas também estariam incluídos no valor de R$ 20 bilhões, portanto,
tal Plano significará, na melhor das hipóteses, o aporte de cerca de R$
6 bilhões por ano, ou seja, 105 vezes menos que os recursos gastos com a
dívida pública.
O Plano define “miséria” como a renda mensal até R$ 70 mensais, ou
seja, caso todos os atuais 16,2 milhões de miseráveis passarem a ganhar
R$ 71 por mês, estaria erradicada a miséria e cumprida a principal meta
do governo Dilma.
Enquanto as metas sociais são extremamente rebaixadas, as metas
financeiras são generosamente cumpridas, conforme mostra o jornal Estado
de São Paulo. Nos primeiros 4 meses do ano, o “superávit primário” (ou
seja, a reserva de recursos para o pagamento da dívida) do governo
federal foi R$ 17,8 bilhões superior à meta inicialmente prevista, que
já era nefasta para as áreas sociais.
Ou seja: apenas o excedente do superávit primário nos primeiros 4
meses do ano equivale ao triplo do gasto anual estimado para o
cumprimento da principal promessa social do governo.
E os rentistas querem mais. O jornal Correio Braziliense entrevista
uma representante de um banco privado – cotada para ser diretora do
Banco Central – alegando que “o governo não tem opção para conter a inflação exceto elevar a Selic e cortar gastos”.
Porém, a maior parte da inflação atual não pode ser contida por meio
de altas de juros ou mais cortes de gastos sociais, dado que é
proveniente de problemas de oferta de alimentos e alta de preços
administrados pelo próprio governo.
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