Terça, 29 de outubro de 2013
Por Mauro Santayana
(JB) - Patricia Acioli e Patricia Amiero. São esses dois nomes que nos vêm, primeiro à lembrança, no momento em que tramita na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, lei que pretende modificar o código disciplinar da Polícia Militar e dos Bombeiros, para tornar mais brandas a punição a membros dessas corporações que cometam crimes e infrações disciplinares.
(JB) - Patricia Acioli e Patricia Amiero. São esses dois nomes que nos vêm, primeiro à lembrança, no momento em que tramita na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, lei que pretende modificar o código disciplinar da Polícia Militar e dos Bombeiros, para tornar mais brandas a punição a membros dessas corporações que cometam crimes e infrações disciplinares.
As duas Patrícias são nomes emblemáticos, porque, ao
contrário do que pensa quem acha que a PM só mata bandido, pertencem a uma
extensa lista de cidadãos comuns, trabalhadores, formados em universidade, de
classe média, que se tornaram vítimas da violência, no Rio de Janeiro, nos
últimos anos.
Ressalte-se sua condição social, não porque façamos alguma
distinção entre as vítimas do asfalto e as da periferia. Patrícia Acioli,
juíza, morreu porque investigava crimes de policiais bandidos. Patricia Amiero,
engenheira, porque cruzou com uma rádio-patrulha de madrugada, nas ruas do Rio
de Janeiro. Uma situação que ninguém enfrenta sem medo, mesmo aqueles que
acreditam – eventualmente - que a polícia tem o direito de matar sumariamente
suspeitos.