Quinta, 24 de outubro de 2013
Texto e foto por
Chico Sant’Anna
Chico Sant’Anna
O morador de Brasília gasta hoje mais tempo no trânsito do que em 2008.
Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, o
 Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – Ipea constatou que, em 
2012, o trabalhador brasiliense gastava, em média, 35 minutos para fazer
 o percurso casa-trabalho, sendo que 11, em cada 100 trabalhadores, 
gastavam mais de uma hora no trânsito para cada viagem entre o domicílio
 e o local do emprego. Ou seja, a cada dia duas horas são perdidas no 
trânsito da Capital Federal.
Os dados refletem uma precariedade do transporte público e o 
conseqüente crescimento do número de cidadãos que passaram a possuir o 
seu próprio carro ou moto. A falta de soluções coletivas levam a saídas 
individualizadas.
Segundo a pesquisa, nos quatro anos analisados o tempo que o 
trabalhador brasiliense passou a ficar preso no trânsito aumentou em 
6,5% e o total de trabalhadores que levam mais de uma hora para chegar 
ao emprego aumentou, no mesmo período, em 21,84%. O percentual de 
brasilienses que fica preso no trânsito por mais de meia hora destoa da 
média nacional. No Brasil, 66% da população fazem o mesmo percurso em 
menos de meia hora.
O Distrito Federal, Santa Catarina e Paraná são as unidades da 
federação que apresentam o maior volume de carros proporcionalmente ao 
número de residências. Em dezembro de 2012, segundo dados do Detran-DF, 
Brasília contava com 1.403.788 veículos licenciados.
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Em setembro passado, a frota já tinha aumentado para 1.471.177 
carros. Cerca de 68 mil veículos a mais do que no fim do ano passado, 
uma alta de 6%.  Os dados não contabilizam os veículos dos municípios 
goianos e mineiros do Entorno que circulam cotidianamente nas vias do 
Distrito Federal.

 
 
 
