Terça, 29 de outubro de 2013
Leandra Felipe*
 Correspondente da Agência Brasil/EBC
 Bogotá - A Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje 
(29) uma resolução que solicita o fim do embargo dos Estados Unidos a 
Cuba. Com 188 votos favoráveis, dois contrários e três abstenções, o 
organismo multilateral renovou pelo 22º ano consecutivo o pedido para 
encerramento da sanção.
A resolução sobre a “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, 
comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba”, está 
acompanhada de um relatório do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que
 apresenta as respostas dos Estados-Membros do organismo. O embargo foi 
imposto em fevereiro de 1962.
O fim do embargo é expressamente defendido pelo Programa das Nações 
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). “A situação em 2012 foi similar à 
dos anos anteriores. O bloqueio afeta as relações econômicas externas de
 Cuba e seus efeitos podem ser observados em todas as esferas das 
atividades sociais e econômicas do país”, indicou a agência da ONU.
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) 
acrescentou que Cuba vem se modernizando, mas que o bloqueio representa 
um entrave às mudanças que o governo de Raúl Castro começou a realizar.
“Os avanços no processo de atualização do modelo econômica são 
obstaculizados pelo bloqueio e a inclusão de Cuba, desde 1982, na lista 
norte-americana dos Estados que patrocinam o terrorismo”, sinalizou a 
Cepal.
A Cepal considerou que, no ano passado, o governo dos Estados Unidos
 não fez esforços para diminuir o impacto do bloqueio. “Os danos 
acumulados de 1962 até dezembro de 2011 representam mais de US$ 1 
bilhão, segundo o último relatório disponível em Havana”, informou.
Apesar do acumulo de prejuízo, Cuba vem realizando mudanças. O 
governo de Raúl Castro aprovou uma nova política de migração, que 
facilita as viagens de cubanos ao exterior e também a chegada de 
turistas à ilha.
Do mesmo modo, os Estados Unidos, desde o ano passado, aumentaram o 
prazo do visto de turismo para cubanos, de seis meses para cinco anos.
*Com informações da TV Multiestatal Telesur e Prensa Latina (Agência Pública de Notícias de Cuba) 
 
 
 
