Terça, 15 de outubro de 2013
(Veiculado no site do PDT a partir de
13/10/13, com o título "A
elite brasileira odeia o nosso povo")
Paulo Metri –
conselheiro do Clube de Engenharia
Comigo, ocorre um fato,
que acho ser incomum. Quando escuto o hino nacional, pode
até ser em um estádio
de futebol, me emociono e sinto vontade de chorar. Nestes
momentos, sinto a
sensação de estar protegido, de fazer parte de um grupo de
pessoas com
identidade comum e, como tal, tenho maior chance de ser
aceito. Mas, mais que
isso, sem olhar para nenhum ser específico, sinto orgulho
de ser brasileiro,
pois é um povo solidário, humano e amigo.
Os russos têm orgulho
deste amor pátrio a ponto de chamarem seu país de “Mãe
Rússia”. Mãe
é o ser que nos acolhe, afaga, protege, estimula e
consola. Que sentimento lindo
têm os russos da sua pátria. Será que foi preciso
defender, em passado recente,
seu próprio território de duas invasões brutais para se
chegar a este nível de
amor? Se Napoleão e Hitler conhecessem melhor o povo
russo, talvez não tivessem
feito o erro de invadir sua terra.
Notem que não estou me
contrapondo ao “internacionalismo”. Sou solidário a todos
oprimidos
do mundo, até na luta para um atendimento médico universal
do povo dos Estados
Unidos, o presente império. Só não sei como ajudar os
carentes do mundo, sem
notar as fronteiras que os agrupam em países, com inúmeras
características
diferentes. Sem esquecer o todo, creio que nossa luta, por
enquanto, deve se
concentrar dentro das nossas fronteiras.
Mas, no Brasil, existe um
componente, que não sei se é exclusivo nosso, mas sei que,
aqui, é bastante
acirrado. A elite brasileira odeia o nosso
povo, à medida que é capaz de compor com forças
estrangeiras, em troca de algumas compensações, contra
seus irmãos do mesmo
solo. Em poucos momentos do nosso país, tivemos
governantes que lembravam, por
exemplo, os fundadores da independência americana. E,
quando ocorria um, a
mídia e os conservadores criavam uma série de calúnias
para retirá-lo do poder.
Sobre este ponto, San Tiago Dantas já dizia: "Em nosso
país, o povo
enquanto povo é melhor do que a elite enquanto elite".
Vejam o que acontece com
o campo de petróleo de Libra, uma riqueza estimada em
torno de 1,5 trilhão de
dólares. Um parêntese para facilitar o entendimento.
“Trilhão” é
uma medida de valor incomum, que mais parece se estar
falando de distâncias
planetárias. Pode ser entendida como sendo “milhar de
bilhões” ou
“milhão de milhões”.
Desta forma, o campo de
petróleo de Libra é um presente de Deus ou do destino,
como preferir o leitor,
que, agora, o capital internacional, sua mídia comercial,
que,
consequentemente, é inimiga do povo brasileiro, seus
representantes corruptos
no cenário político brasileiro, e lideranças conservadoras
vendidas tentam
roubar dos seus verdadeiros donos, para usufruto do mesmo
capital
internacional. Trata-se do “roubo da vez”, com a diferença
que
será, se concretizado o leilão deste campo no próximo dia
21, o mega-roubo
ocorrido no Brasil no presente século. Apesar deste século
estar iniciando,
certamente, não ocorrerá nada igual até seu fim.
Portanto, se junte a esta
luta dos brasileiros de bem contra a dominação estrangeira
sobre nosso governo,
políticos e a mídia comercial, enfim, os poderosos, e
contra a usurpação de
riqueza inestimável do nosso povo sofrido, que, agora,
poderia ter com ela sua
redenção. Assim, vá às manifestações, faça-se presente,
seja solidário com o
povo de onde você brotou e onde está. Não se iluda com a
mídia mentirosa, que
tenta lhe enganar, carregue a bandeira “Pelo cancelamento
do leilão de
Libra” ou “A favor da entrega de Libra à Petrobras”. Na
pior
das hipóteses, que não ocorrerá, você se sentirá solidário
e, na melhor, você
será um vitorioso e terá Libra para você, seus pares e
seus descendentes
usufruírem.
Finalizando, tenho
orgulho de cada lágrima derramada durante as execuções do
hino nacional.