Terça, 4 de novembro de 2014
============
Do correio24horas.com.br [Bahia]
A reportagem
do CORREIO conversou por telefone com o advogado da Happyfrontier,
António Borges Pires, mas ele disse que a empresa não se manifestaria
A Freguesia da Reboleira é
uma região da cidade de Amadora, na Grande Lisboa, em Portugal. No
edifício de número 10 da Rua Dom Afonso de Noronha, funciona um salão de
cabeleireiro. A proprietária, Maria de Lurdes Pereira Lobo Nóbrega,
conhecida na vizinhança como Dona Milu, corta cabelos algumas vezes na
semana.
No mesmo endereço, funciona a sede da Happyfrontier
que, até abril deste ano, vendia eletrodomésticos, mobiliário e
equipamentos para o lar. Um mês depois, a empresa, com um capital social
de apenas 15 mil euros (R$ 46 mil), passou a vender navios.
Empresa
que vendeu os ferries gregos ao governo do estado funciona neste
prédio, no 1º andar, balcão à esquerda (Fotos: Paula Cosme Pinto)
|
Entre
eles, os ferries gregos que hoje cruzam a Baía de Todos os Santos,
comprados pelo Governo do Estado da Bahia por 18 milhões de euros (R$
55,8 milhões). A denúncia foi realizada inicialmente pelo jornalista
Fernando Conceição, professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba),
em seu blog.
Em novembro de
2013, o governo do estado, através da Secretaria de Infraestrutura da
Bahia (Seinfra), comprou os ferries gregos Theologos V e Panagiotis D,
por 9.734.694,44 de euros (R$ 30,2 milhões) e 8.265.305,56 (R$ 25,6
milhões), respectivamente, num total de exatos 18 milhões de euros, em
licitação vencida pela Happyfrontier.
As embarcações chegaram em Salvador em agosto,
receberam os nomes de Dorival Caymmi e Zumbi dos Palmares e começaram a
operar em outubro. Identificada por uma pequena placa de metal ao lado
do alvará de funcionamento do “Cabeleireiro de senhoras”, a
Happyfrontier Importação e Exportação Lda. tem três sócios. Um deles é
João Carlos Palmeirão de Melo, genro de Dona Milu. Leia a íntegra