Segunda, 17 de novembro de 2014
Marcello Barra - sociólogo
O 'rouba, mas faz', expressão contemporaneamente consagrada por Paulo Maluf e legado de Ademar de Barros, entra em nova fase ao lutar para justificar socialmente corruptores(as). Essa nova fase corresponde a um estágio avançado do capitalista, de putrefação do sistema.
A mídia promove a campanha não apenas para justificar socialmente a corrupção, mas para legitimá-la, isto é, torná-la aceitável socialmente. Nessa defesa da mídia, roubar o dinheiro público torna-se socialmente necessário e permitido. Seja porque “podem congelar projetos no país” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/195839-nova-fase-da-operacao-criou-clima-de-fim-de-mundo-em-brasilia-e-no-mercado-financeiro.shtml), a Bolsa de Valores pode cair com a criminalização do roubo, seja porque punir empresários(as) corruptores(as) “para o País” <http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/pais-para-sem-empreiteiras-da-lava-jato-diz-advogado-kakay/>.
Ao justificar corruptos(as) e corruptores(as), fecha-se o círculo justificador da corrupção. Torna-se palatável na política e socialmente acolhida. Ainda pior é o que surge a partir disso: a máfia enredando ricos empresários e agentes do Estado (políticos/as e burocratas) <http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,quem-e-o-dono-da-russia,1593100>, constituindo-se o Estado criminal, que apoia ações estatais de repressão, censura policial, militarização, criminalização e prisões políticas contra a liberdade de expressão.
Na Rússia já está explicitado esse modelo de Estado -http://alias.estadao.com.br/noticias/geral,quem-e-o-dono-da-russia,1593100