Quarta, 2 de outubro de 2013
"Isso é uma perseguição clara aos ativistas que estiveram à frente
das manifestações, uma tentativa de coagir, de criminalizar o nosso
movimento" (Matheus Gomes, coordenador-geral do Diretório Central dos Estudante, DCE, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
"Nem o truculento governo da Yeda promoveu barbáries como estamos vendo nesta terça, com as invasões nas casa de ativistas e sedes de organizações, apreensão de computadores e livros, em uma clara tentativa de criminalizar jovens que como Lucas Maróstica estiveram a frente do levante de junho" (vereadora Fernanda Melchionna, do PSOL, criticando o governo Tarso Genro)
"Nem o truculento governo da Yeda promoveu barbáries como estamos vendo nesta terça, com as invasões nas casa de ativistas e sedes de organizações, apreensão de computadores e livros, em uma clara tentativa de criminalizar jovens que como Lucas Maróstica estiveram a frente do levante de junho" (vereadora Fernanda Melchionna, do PSOL, criticando o governo Tarso Genro)
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Do Jornal Zero Hora
A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira, mandados de busca e
apreensão em residências e locais de reunião de manifestantes suspeitos
de praticar atos de vandalismo durante protestos e passeatas entre junho
e julho em Porto Alegre.
Conforme o secretário da Segurança Pública, Airton Michels, uma
investigação foi iniciada após os atos de vandalismo que ocorreram
durante a manifestação do dia 27 de junho e que culminaram na depredação
de vidraças do Palácio do Tribunal de Justiça:
— Existe um grupo de agentes que se infiltram nesses movimentos para
cometer crimes. É um dever do Estado e uma obrigação da policiia civil
buscar autoria desses fatos — afirmou Michels em coletiva de imprensa.
Durante a tarde de terça-feira, a polícia realizou a busca e
apreensão de documentos em sete locais. Um deles foi o apartamento de
Matheus Gomes, coordenador-geral do Diretório Central dos Estudante
(DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), integrante
do Bloco de Luta pelo Transporte Público e ligado ao PSTU.
Ele não estava na residência quando os policiais chegaram, por volta
das 13h, mas o pai do estudante conseguiu telefonar para o jovem e
informar sobre a situação. Gomes foi para casa e, revoltado, afirmou que
foram apreendidos um notebook, documentos políticos, livro de teoria
marxista e um caderno.
— Isso é uma perseguição clara aos ativistas que estiveram à frente
das manifestações, uma tentativa de coagir, de criminalizar o nosso
movimento — reclamou o estudante de História.
Agentes também estiveram no apartamento do estudante de Ciências
Sociais Lucas Maróstica, filiado ao PSOL e integrante Coletivo Juntos.
Maróstica disse que não estava em casa e não soube revelar o que foi
apreendido. Ele disse que vai se pronunciar sobre o caso às 10h30min de
amanhã, em uma entrevista coletiva na bancada do PSOL na Câmara de
Vereadores da Capital.
Em coletiva de imprensa, o delegado Marco Antônio de Souza, do
Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), responsável pelas
investigações, afirmou que foram apreendidos somente documentos que
possam auxiliar a investigação e apontar os responsáveis pelos atos de
vandalismo.
— Se as pessoas investigadas tem alguma vinculação político-partidaria, isso nao é objeto do inquerito — destacou.
O delegado afirmou que até o momento há uma pessoa indiciada e outros suspeitos.
Agentes também estiveram no apartamento do estudante de Ciências
Sociais Lucas Maróstica, filiado ao PSOL e integrante Coletivo Juntos.
Maróstica disse que não estava em casa e não soube revelar o que foi
apreendido. Ele disse que vai se pronunciar sobre o caso às 10h30min de
amanhã, em uma entrevista coletiva na bancada do PSOL na Câmara de
Vereadores da Capital.
A revista nas casas — e no espaço cultural anarquista Moinho Negro,
conforme ativistas — revoltou as agremiações envolvidas. O PSTU divulgou
nota em que compara a ação à época da ditadura militar.